Por Davi Soares
A macaxeira
alagoana cantada pelo nosso Djavan já não existe nas feiras da terra da farinha
boa. A desta foto, bonita assim e branquinha, comprei a R$ 3,50 o quilo, há
meia hora, próximo aos Correios do Tabuleiro dos Martins, em Maceió. Mas o
vendedor me informou que o produto tradicional está sendo "importado"
de Petrolina-PE. Antes, vinha de Flexeiras e Joaquim Gomes, aqui mesmo no
Estado. E eu a comprava a R$ 2 o quilo. Foram 723 Km de viagem até Maceió,
vinda de um semiárido que aprendeu a conviver com a seca e se destaca
internacionalmente pela fruticultura e é conhecida como "O milagre do São
Francisco". Aqui, em Alagoas, mil anos luz atrasada pelos consecutivos
erros do poder público que permanecem ocorrendo até hoje, também passa o Rio São
Francisco de Petrolina-PE. Mas a indústria que prevalece ainda é a da seca, que
castiga o sertanejo, iludido com promessas de um governo do Estado que parecem
insultar a inteligência desse povo que merece respeito e tratamento digno e
humano. A reportagem do brilhante jornalista Maurício Gonçalves, da edição
deste domingo da Gazeta de Alagoas mostra mais um absurdo da política de
distribuição dos recursos hídricos em nosso Estado. Você vai ver a diferença de
tratamento que o governo de Pernambuco dispensa ao seu povo, quando não mede
esforços para impulsionar o desenvolvimento, em meio à pior seca deste milênio.
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