Na política alagoana o eleitor está “que nem pitomba na boca
de véio”, escorregando pra todos os lados; sem saber verdadeiramente em quem
votar. Estamos na situação de que “se correr o bicho pega e se ficar o bicho
come”. É tanto candidato ruim que dificulta a escolha. Tem ficha suja, ficha
muito suja, ficha super suja; e poucos candidatos com a ficha mais ou menos limpa. Está difícil de
encontrar um candidato com um histórico bem avaliado pelo eleitor ou pelos
tribunais de justiça.
No guia eleitoral, todos sem exceção, falam sobre o trinômio:
EDUCAÇÃO, SAÚDE E SEGURANÇA. E fazem
isto como se estes problemas fosse coisa recente e como se eles, os “salvadores
da pátria”, não tivessem culpa dos problemas que deixam o nosso estado entre os
piores da federação.
Na época de campanha parece que os políticos alagoanos assistem
propositalmente ao filme do nosso estado no sistema 3D, pois sabem a risca,
todos os problemas e mazelas que afligem a população. Fazem promessa e tem a
cura para todas as doenças, mas quando eleitos traçam suas ações em câmara lenta e em doses homeopáticas, para que a população continue dependendo de
suas fracas intervenções em seu favor. Tem político de mandato que na época de
campanha; se exime de ser o culpado de fazer “vista grossa” em processos que
beneficiem o estado e fazem da “trinca de ouro” (educação, saúde e segurança) o
slogan ideal de promessas eleitoreiras. E quem não tem mandato põe a culpa no
eleitor por ter votado errado e “lhe dá” uma chance de corrigir a merda que ele
fez na eleição passada. Pobre diabo é o eleitor!
Em Alagoas, a política é determinada pela sucessão hierárquica
e falam em renovação quandoo Líder do Clã
já está envelhecido e é preciso deixar o “legado” aos seus descendentes e para
que a ilustre família não perca a mordomia e os benefícios que o poder lhes
outorga. É preciso colocar o sobrenome da família em qualquer cargo eletivo
para não perder o laço com o poder e o traquejoà cabresto, com o povo
necessitado de todo tipo de assistência.
O regime sucessório implantado na “República das Alagoas” é
maléfico e impressionantemente desumano. O povo alagoano é subserviente e
conformado com a situação e dependente dessas famílias que detém o poder,
verdadeiros sugadores do dinheiro do público e da esperança do nosso povo. O
regime feudal instituído pelos “Senhores de Engenho” do século XIX é duramente
exercitado pelos seus sucessores e obedientemente acatado pelo povo.
Os Collor, os Vilelas, os Calheiros, os Lira, os Hollanda, os
Gaias, os Ferros, os Almeida, os Albuquerque, os Toledo; são alguns sobrenomes de “peso” que mapeiam o nosso sofrido estado,
dividindo o pequeno território e que
detém o poder, o prestígio e o dinheiro.
Meu Deus, coitados dos Silva!