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quinta-feira, 16 de abril de 2015

ANJO DE LUZ

Por Manoel Simeão

Manoel Simeão, escritor palmarino

[...] Em uma noite de tormentos, de preocupações devido a ação da natureza, noite de escuridão e tristezas; Eis que você apareceu para mim, surpreendeu-me e em meio aquelas dificuldades todas a sua presença me confortou e me trouxe esperanças no amanhã, foi como se a sua beleza e a paz  que me transmitisses iluminasse aquela sexta-feira escura.

Olhastes-me e não dissestes nada, mas a sua presença perto de mim foi como que querias dizer: "Estou aqui". Eu perdido em pensamentos e amedrontado pelos conflitos do clima, da natureza, da chuva que caia e pela escuridão, fui me acalmando e naqueles instantes, com você por perto, não temia a nada mais, o mundo podia acabar-se que pouco estava me importando, tua presença me dava essa segurança, tu estavas comigo.

As águas ameaçava chegar até onde eu estava então me levaste dali pra um lugar seguro, claro sempre impessoal, silenciosa, sem falar-me, calada, mas seu gesto iluminou a minha vida e a escuridão daquela noite e a alegria apesar de tudo foi tanta, porque tu eras a única pessoa que pensava impossivelmente ver naqueles instantes, mas tu estavas lá comigo, como sempre fizestes nos momentos mais importantes do meu viver.

Depois de toda a tormenta e de toda a alegria de estar com você perto naqueles instantes difíceis, conseguir relaxar e adormeci aonde me deixastes, seu gesto solidário foi para mim uma luz no fim do túnel e em meio a tudo isto dormir, velado ao longe por tí, fascinado por sua atitude e embalado por esse amor que há anos despertastes em mim. Estavas em uma casa próxima, mas sua áurea de luz iluminou a minha madrugada, mesmo não mais estando ali.

Amanheceu o dia, depois da tormenta e angustias da noite de escuro e ao clarear o dia, chegastes, se aproximastes e disseste-me um bom dia! Dalí em diante sabia que as coisas seriam difíceis, mas tu Anjo de Luz fostes à fortaleza em minha caminhada, em minha reconstrução após aquela sexta-feira de junho e assim irei sempre lembrar e direi sempre que: ...Em uma noite de tormentos e preocupações... Eis que você apareceu para mim [...].

segunda-feira, 30 de março de 2015

É Muito Difícil!

Por Manoel Simeão Moreira
É muito difícil passar dias sem te ver;
É muito difícil não ter a certeza se daqui a uns dias vou te ver;
É muito difícil está tão perto e não te tocar, perto de teu olhar e muito distante de teu aconchegar;
É muito difícil ver teus abraços nos outros, cheio de espontaneidade, teu sorriso a outros e para mim a frieza e desvio de teu olhar;
É muito difícil em meus dias não ter a certeza que, pelo menos, pelo menos vou te ver, vou estar perto de você, pois se não posso te ter, se nunca poderei, te olhar e estar perto, estar a teu lado me bastam para a minha vida reviver. 

sábado, 3 de janeiro de 2015

O Tempo Passou

Por Manoel Simeão



Falar em Carlos Roberto Ferreira de Araújo “Canão”, como era mais conhecido é falar em uma pessoa prestativa, atenciosa, educada, bom pai, bom filho, bom irmão, bom amigo e bom vizinho. Canão em vida foi: militar, segurança, motorista da Câmara Municipal de Vereadores e assessor parlamentar,  seu último emprego foi como chefe da segurança do Grupo Pichilau. Nunca soubemos de nada que desabonasse a sua honra, a sua conduta, pois nos criamos na Cana Brava, hoje Avenida Antônio Gomes de Barros. Se errou no passado, naquela fatídica noite de sábado, 29 de agosto de 1992 na boate Flash Dance (por trás do mercado), foi para se defender, pois os problemas que o levaram a ter que se defender foram causados por seus opositores e assim causou dor em outras famílias, mas foi involuntário, foi em legítima defesa.

A Cana Brava ficou de luto no dia 14 de dezembro com a morte trágica de Canão, essa mesma Cana Brava que ficou solidaria com a sua família, sua mãe DONA TERESINHA e com, seus irmãos: CIDA, CÍCERA, CESAR E ZÉ CARLOS. Fui ao velório e me partiu o coração ao ver o filho de Canão chorar, sentindo a perda do pai, sua partida trágica e repentina e depois no cemitério o menino chorou de novo e isso comoveu e doeu em todos. Uma multidão acompanhou Canão até a sua última morada.

Nessa passagem de um ano de sua morte, fica a nossa solidariedade a DONA TEREZINHA, a quem gosto muito e tenho grande respeito e aos irmãos Canão e finalizo dizendo que aonde quer que ele esteja, está em um lugar de luz, pois a dor, o choro, as angústias, os rancores e o ódio já não existem, mas Deus o acolheu e apagou a tudo isto de mal que existia. Que a luz de Deus o ilumine e saiba que o tempo passou CANÃO ,mas você será sempre lembrado  e o perdão às violências e rancores de parte à parte dê lugar a Luz da Paz de DEUS.



Manoel Simeão

sábado, 6 de dezembro de 2014

A BELA VERDE E ROSA!

Por  Manoel Simeão

Quando falo da bela verde e rosa, falo das cores diferentes, lindas e cativantes, chamativas, falo da MINHA ESCOLA DE SAMBA DO CORAÇÃO e escola de samba da maioria dos brasileiros, falo da ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA, ou simplesmente MANGUEIRA. Escola de composições de sambas memoráveis iguais a: “YES NÓS TEMOS BRAGUINHA, VOU INVADIR O NORDESTE - SOU CABRA DA PESTE SOU MANGUEIRA, SINHÁ OLIÍPIA DEU A LOUCA NO BARROCO, CEM ANOS DE LIBERDADE, REALIDADE OU ILUSÃO”! e tantos outros que homenagearam Chico Buarque, as olimpíadas, os bambas da mangueira, e outros mais. Mangueira primeira campeã do carnaval carioca no ano de 1932, campeã ainda em 1984, supercampeã em 1985, e também em 1986, 1987,1998 e em 2002 e foi vice-campeão em 1988 além de outras dezenas de títulos que conquistou, mais uma dezena.

Mangueira do mestre JAMELÃO (JOSÉ CLEMENTE BISPO DA SILVA), voz de ouro, intérprete e eloquência divina, nunca superado, nem mesmo por Neguinho da Beija-Flor, cantor sem igual e presidente de honra da Mangueira e ainda de Dona Zica, dona Newman, Cartola, Noel Rosa. Mangueira que é o flamengo do samba, escola amada por 6 de cada 10 brasileiros, e digo sem medo de errar que, mesmo as outras escolas de samba que teve Joãozinho Trinta e Paulo Barros que tem toda a pompa e brilho, não conseguem contagiar, conquistar e ter o mesmo brilho que a Minha Estação Primeira de Mangueira tem. Na verdade acho que por inveja os jurados perseguem a Mangueira e lhes dão notas ridículas e injustas, mesmo quando tudo ocorre dentro do que foi programado, mesmo quando está tudo perfeito e lindo, mas digo que a ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA é MAIOR que esses juradozinhos, para que primeiro lugar em campeonatos (que também é importante) se ela, MINHA BELA ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA é a primeira colocada nos corações da maioria absoluta dos brasileiros.

Sou mangueirense, uma pessoa especial é mangueirense, Alcione, Bete Carvalho e milhões de brasileiros são mangueirenses e o Brasil vive a emoção, a expectativa da ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA entrar na Avenida Marquês de Sapucaí a cada carnaval, essa é a contagiante MANGUEIRA. Finalizo este artigo com um pequeno trecho de um samba-enredo de 1994 que diz: "ME LEVA QUE EU VOU, SONHO MEU, QUE ATRÁS DA VERDE E ROSA SÓ NÃO VAI QUEM JÁ MORREU!”.

Manoel Simeão Moreira
Mangueirense de Coração

sábado, 29 de novembro de 2014

O Sorriso Dela!

Por Manoel Simeão


Foto: internet

Um sorriso natural, sincero e espontâneo desarma qualquer pessoa que esteja em estado de espírito raivoso. O sorriso de uma criança que é a gênese da pureza e inocência ilumina os lugares, as almas dos seres e por consequência ilumina a vida, assim é o sorriso dela em minha vida, pois, não conto às vezes que estou entediado, preocupado com mil coisas a serem resolvidas, aflito com as coisas do cotidiano e em busca de soluções que preciso ter e, eis que ela me aparece, aparece e sorrir, meio tímida, sorriso linda, muito linda com aquele sorriso belo que me traz vida e forças, forças para seguir iluminado pela áurea do belo sorriso dela. Ela me desarma todo e traz momentos de felicidades, de alegrias ao vê-la sorrir belamente. Sorriso que em algumas vezes vem acompanhada com uma também bela gargalhada que ela tem.

Sinto em minhas divagações que esse sorriso lindo, essa pessoa bela veio a surgir no ocaso e minha vida; no ocaso de minha vida tu apareceste, e sou ciente que não podes fazer nada por mim, ainda que quisesses retribuir a esse amor, nem eu posso fazer nada, nem se quer para dizer o quanto te amo, até simplesmente dizer o quanto és importante e especial para mim. Esse amor é o ocaso de nossas vidas, é um amor apenas para senti-lo, apenas para olhar o teu belo rosto e contemplá-lo, rosto que traz como marca registrada dois lindos sinais que memorizei para a posteridade, que não sei aonde vai me levar, mas em tudo tenho uma única certeza: o desarme e a paz da minha alma ao ver e contemplar o teu mais que belo SORRISO!

Manoel Simeão
Escritor/ Livro Fantasias e Ilusões 

sábado, 11 de outubro de 2014

Cuba: uma ilha da fantasia, de prisioneiros, do atraso - uma ditadura.

Por Manoel Simeão Moreira






Em janeiro de 1958 a revolução cubana derrubou do poder o ditador FULGÊNCIO BATISTA, a revolução era liderada pelo jovem FIDEL CASTRO e companheiros de guerrilhas, com a queda do ditador o povo cubano imaginou, teve a esperança de que a liberdade e os ventos da democracia haviam chegado àquela ilha-país, mas aquele povo que tinham a esperança de pelo menos terem liberdade de ir e vir viram as coisas continuarem da mesma forma ou até pioraram, pois as promessas feitas por Fidel Castro de mudanças de uma Cuba para melhor, de melhores dias para seu povo, ao tirar do poder Fulgêncio Batista, não passaram de promessas demagogas, de falsas promessas, de mentiras, ele só quis usurpar o poder para se tornar um tirano e se locupletar dos bens de Cuba, eles e os seus companheiros de uma revolução que trocou seis por meia dúzia. E assim Fidel relevou o povo cubano ao atraso, falda de liberdade, marginalidade social, desemprego e fome.


[...] Já doente, sem condições físicas de gerir o estado cubano, o mundo pensou que finalmente ele iria deixar o poder e promover a liberdade, a democracia para seu povo, mas Fidel surpreendeu negativamente de novo, fez do país uma ditadura hereditária e assim colocou o seu irmão RAÚL CASTRO em seu lugar e Raúl é uma marionete, um teleguiado e comandado pelo tirano-mor aposentado que é Fidel.

E cuba segue como uma nação mendiga com carros da década de 50 verdadeiras latas velhas, o povo sem direitos, com pouca comida, um país com uma infraestrutura antiga e obsoleta que comporta conjuntos habitacionais caindo aos pedaços, estradas sem conservação, mansões velhas e com todo esse caos Fidel pousa para o mundo como estadista e querendo incutir goela o baixo da comunidade internacional, que seu socialismo promoveu as mudanças que o povo de cuba queria e precisavam uma PURA MENTIRA, pois se apoderaram dos bens cubanos e aprisionaram seu povo, tirano não é mais que isso.
Diante de tanta coisa negativa, quando alguém tenta mostrar para o mundo as mazelas instituídas pelos irmãos Castros , como fez o pedreiro ORLANDO ZAPATA, é colocado na prisão, o judiciário lá não funciona, o chefe-supremo é Fidel. Orlando Zapata fez diversas greves de fome e onde está a ONU, o Tribunal de Haia e os direitos humanos e outros Órgãos internacionais que não são capazes de libertar o povo cubano?

No dia em que Fidel Castro se for, digo que já vai tarde e idem para Raúl Castro, pois nota-se claramente que o povo cubano precisa se livrar desse socialismo-prisão e que Deus tenha pena daquele povo e que depois não venham mandatários iguais ou piores que eles, pois Cuba enquanto nação e seu povo bom e ordeiro não merecem mais meio século de atraso e enquanto esse dia da liberdade e democracia não chega, Cuba segue como uma nação, como uma ILHA DA FANTASIA, DE PRISIONEIROS, DO ATRASO E DE UMA DITADURA HEREDITÁRIA. Dizem que cada nação tem o governo que merece, discordo, pois às vezes os ruins apoderam-se do poder sem precisar do povo.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Coração

Por Manoel Simeão Moreira



O coração enquanto parte do nosso corpo nos dá vida, nos mantém vivo, enquanto lugar de sentimentos é um lugar desconhecido, lugar belo, abstrato, inexplicável e que nos traz infinitas emoções.

O Coração não escolhe a quem amar, de repente dá um instalo e assim nos deparamos seduzidos e amando as pessoas mais improváveis, pessoas que estão distantes, pessoas perto, pessoas amigas, pessoas proibidas, mas amando, um coração amante.

O coração nos traz momentos de bem estar, encantos, fascinações e alegrias, pelo amor que trazemos no peito por alguém, pela musa de toda a nossa inspiração, de minha inspiração, torna esse alguém o centro do nosso mundo, de meu mundo que é você... E esta emoção se faz tão forte e tão presente que vinte e quatro horas do dia humano se faz pouco, insuficiente para se pensar naquela amada pessoa, essa linda pessoa que é você.

[...] Mas o coração que se apaixona sem escolher a quem, esquece-se de deixar uma porta de saída quando esse amor não dá certo, é platônico, de uma parte, saida para não sofrermos quando alguém que amamos já tem outra pessoa, já ama a outro e quando passamos por momentos amargos de não poder dizer a pessoa que se ama desse amor, que às vezes é tão impossível é tão desmedido, mas é docemente louco, om e avassalador. Nisso cito uma música do cantor José Augusto que diz: "AGORA AGUENTA CORAÇÃO JÁ QUE INVENTOU ESSA PAIXÃO, EU TE FALEI QUE TINHA MEDO AMAR NÃO É NENHUM BRINQUEDO. VOCÊ APRONTA QUE VOCÊ SOU EU".

Motivo maior que machuca o coração se faz quando a pessoa amada sabe desse sentimento e nos trata com indiferença, com desdém, como se amá-la fosse o pior dos pecados e erros a estar cometendo , como diz os poetas o coração não escolhe a quem amar e quando nos apaixonamos por uma amiga ou alguém proibido ai é docemente doloroso, dor que só passa quando vemos a pessoa durante o dia e sentimos pelo menos seu cheiro e sua presença através de uma foto, fala ao telefone ou temos a oportunidade de pelo menos pegar em sua mão.

Por tudo isso digo que o CORAÇÃO é traiçoeiro e docemente fascinante e o que faz bater e dá vida a meu viver é esse amor que sinto por você.

Livro Fantasias e Ilusões (02/12/2012) 

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Aquela escola!

Lembranças do passado

Por Manoel Simeão Moreira

Em minhas lembranças remonto-me aos anos de 1981 e 1982 para lembrar-se da Escola de Aplicação Santa Maria Madalena, que funcionava só no horário matutino no prédio do Colégio Cenecista Santa Maria Madalena, Rua Tavares Bastos, aqui em União dos Palmares. A mesma pertencia à rede estadual de ensino, coordenada pela 7ª CRE. A escola de Aplicação, assim conhecida, ofertava um ensino de qualidade à população palmarina na época. Lembro-me que faziam parte do quadro de professores nos anos em que fui aluno de lá as professoras: NILZA NUNES, CARMEM LÚCIA DE CASTRO, LUCIA ALVES, MARLUCE, WANDA, LENÍ RIBEIRO, TEREZINHA OLIVEIRA, MARIA JOSÉ AMORIM, QUITÉRIA SAMPAIO, VERINHA, Prof. ZITO, A SUPERVISORA IRENE SAMPAIO E A DIRETORA ERA A Professora SUZETE WANDERLEY.

Apesar de ser uma época atrasada, de pouca conscientização dos direitos da pessoa com deficiência, eu era tratado como igual pelos meus professores e pelos meus colegas que passeavam comigo pelos corredores da escola, na sala de aula e quando tocava o recreio (intervalo) e eles iam jogar na quadra esportiva da escola levavam-me junto com eles para assistir seus jogos de 10 minutos e após as aulas até me levavam para casa em algumas vezes. Lembro-me também que por meio de eleição foi implantada o Centro Cívico na escola, teve solenidade de posse e tudo mais e a presidente empossada foi à aluna FABIANA HOLANDA que havia vencido as eleições na disputa de duas chapas. Com o centro cívico funcionando e a supervisão pedagógica todos os meses eram realizados Grêmios culturais, com apresentações artísticas e musicais de alunos da escola e nesses grêmios culturais eu costumava cantar músicas de Roberto Carlos, músicas dele da época como: “A Guerra dos Meninos, Amante a Moda Antiga, Cama e Mesa e Agora Você não está aqui". Cantei por diversas vezes essas músicas nos grêmios e na sala de aula, os meninos e professores sempre me chamavam para apresentar-me. Fiquei conhecido como o menino da cadeira de rodas que cantava as músicas de Roberto Carlos.

Foi uma época boa da minha infância vivida naquela escola que além dos grêmios culturais lembro também do belo desfile que a Escola de Aplicação realizou no dia 13 de outubro (emancipação política de União) aonde a escola levou para a população a História de União, e assim saiu uma menina em uma gruta representando Santa Maria Madalena, um menino representando Domingos Jorge Velho e outros os Bandeirantes, outro aluno como Zumbi dos Palmares, além de uma máquina Maria Fumaça (trem antigo) e outros personagens da história de União, foi um desfile lindo, belo, isto foi no ano de 1981. Outro momento que relembro já foi em 1982 quando em junho daquele ano vivemos a Copa do mundo da Espanha (estávamos na 4ª série) e como crianças, que éramos, ficamos tristes quando a seleção brasileira perdeu por 3x2 para a seleção da Itália no estádio de Sarriá em 05 de julho de 1982. A derrota era só o que comentávamos na sala de aula. O Prof. ZITO CAVALCANTE comentava a derrota conosco e nos dizia que apesar da derrota o importante era a participação do Brasil, era meio que um consolo.

A nossa turma em 1981 (3ª série) e em 1982 (4ª série) era formada praticamente pelos mesmos alunos, eis ai seus nomes: MANOEL SIMEÃO, NIVALDO MARINHO, GEOVANE GOMES (falecido), GEANE GOMES, CLEIDE, OSVALDO, SÉRGIO ARESTIDES, ANDRÉIA ARETISDES (hoje Viana), HELENA (da usina Laginha), ELIANE TAVARES, PAULINHO SARMENTO, DÉBORA SARMENTO, ROSELÍ NASCIMENTO (usina Laginha), JOSENILDO GOMES, JOSENILDO TEIXEIRA, LINDINALVA MATIAS, WADSON e tantos outros. Já de outras séries (3ª e 4ª série) daqueles anos lembro que estudavam na escola: NELITO GOMES DE BARROS, MARIA GOMES DE BARROS, FABRÍCIA HOLANDA, FABIANA HOLANDA, KAREN, DANIELLE MELO, A IRMÃ DE DONA NADJA PRAXEDES, CÍCERO (hoje pastor da Igreja Maranata) e alguns outros. Foi uma época boa de minha vida, devido ao respeito que os colegas me tinham, pelo carinho dos professores e direção e em especial de DONA NILZA NUNES E CARMEM LÚCIA, MARLUCE, TEREZINHA OLIVEIRA E LENÍ RIBEIRO que foram como mães para mim. Elas (Marluce, Terezinha e Suzete) conseguiram até uma cadeira de rodas para mim na antiga LBA.
Naquela época tive a minha primeira musa, foi lá que aprendi a ler e a escrever e tenho duas fotos que retratam a minha passagem pela escola de Aplicação; uma tirada em sala de aula (na 4ª série em 1982) por Ladovane Cabral que era fotógrafo e na foto está perto de mim a minha prima e colega de turma GEANE GOMES FEITOSA e a outra foto tirada por JOAB onde estou EU, A Prof.ª CARMEM LÚCIA E O PADRE DONALD, foi na festa de encerramento e entrega de diploma no mês de dezembro de 1982.

Muitos anos depois passei no vestibular de Geografia da Uneal que funcionava no Colégio Santa Maria Madalena e a sala a qual fui estudar geografia foi aonde cursei a 3ª série em 1981, aquilo me fez voltar no tempo, lembrava dos COLEGAS E PROFESSORES, era como se tudo estivesse se passando de novo naqueles instantes da Uneal.
Foi uma pena a ESCOLA DE APLICAÇÃO SANTA MARIA MADALENA ter fechado as suas portas, pois apesar da luta das professoras e direção da época, não teve uma autoridade que tivesse garantido um prédio próprio para aquela amada escola, com o seu fechamento foram menos vagas de estudo para as crianças de nossa terra. Aqueles anos na escola de Aplicação, naquela unidade de ensino, foi uma bela e boa fase de minha vida, pela inocência que tínhamos, pelo coleguismo, pelo carinho dos professores e por ficar conhecido como o menino cantor da escola e da sala de aula das PROFESSORAS NILZA E CARMEM LÚCIA.

Manoel Simeão Moreira
Aluno da Escola de Aplicação Santa Maria Madalena-1981/1982

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Anjo de Luz, Doce Surpresa!

Por Manoel Simeão Moreira





[...] Em uma noite de tormentas, de preocupações e medo devido à ação da natureza, noite de escuridão e tristezas, eis que em uma surpresa você apareceu para mim, surpreendeu-me e em meio aquelas dificuldades todas, sua presença me confortou, me trouxe esperanças na chegada de um amanhã (Deus perdoe-me por essa expressão). Foi como se a sua presença e sua beleza iluminasse aquela sexta-feira escura.

Ao chegar perto, sem pretensão alguma, sem saber o que há muito se passava em mim, olhou-me, nãos dissestes nada, mas sua presença perto de mim foi como se quisesses dizer: "ESTOU AQUI COM VOCÊ!"

Eu perdido e amedrontado pelos conflitos do clima, da chuva que caia e pela escuridão, fui me acalmando e naqueles instantes, com você por perto não temia a nada mais, minha felicidade era tão grande que o mundo podia acabar naquele momento que isso pouco me importava, pois estavas ali comigo.

Então me levaste para um lugar seguro, claro, tu sempre informal e silenciosa, sem me perguntar nada, mas seus gestos e presença continuavam a iluminar a minha vida, a iluminar a escuridão daquela noite e depois de toda tormenta consegui adormecer aonde me deixastes com outras pessoas. Seu gesto solidário foi para mim uma LUZ NO FIM DO TÚNEL e em meio a tudo o que se passava fui perdendo os sentidos, a consciência, adormeci e passei da realidade fria e triste para o mundo dos sonhos, sono que tu velaste ao longe e perto de onde tu se encontravas. Sono que foi embalado pelo cansaço e pela fascinação de sua atitude de solidariedade e atenção e isto só aumentou esse sentimento que há anos despertas em meu ser.

Amanheceu, começou um novo dia após a tormenta e daquela noite sem luz e preocupante; e ao chegar onde eu estava , se aproximastes , sorristes e dissestes: BOM DIA! Daí em diante as coisas ainda seria muito difíceis, mas a tua presença foi à fortaleza para juntar os cacos de minha vida, voltar a minha caminhada e por estar mais perto de ti.

E foi assim que em uma noite sem luz, noite escura, tu foste um ANJO DE LUZ que iluminou os lugares onde estava e deu vida ao meu viver nos dias que se seguiram e por tudo isso que se passou, ainda que tenha sido só para mim, só registrado por mim, lembrarei sempre daquela noite... Daqueles dias, da emoção pura e inocente de  tua presença de luz em minha vida, sinto que só tu, só você minha doce e linda Anjo de luz ainda que não saibas consegue clarear o meu viver [...].


Livro Conversas/2012

sábado, 30 de agosto de 2014

Alagoas: Da escravidão e pobreza da cana a algumas ilhas de desenvolvimento.

Por Manoel Simeão Moreira

O estado de Alagoas é um estado que acomodou-se, pois seus dirigentes legitimamente eleitos, com raríssimas exceções, pouco se interessaram em desenvolver a indústria do nosso estado, de gerar emprego e renda e por consequência o bem-estar da nossa população. O que restou a Alagoas foi modernizar os engenhos que viraram usinas e as senzalas viraram favelas e essas mesmas usinas, muitas fecharam, viraram sucatas fantasmas, pois quando viajamos por alagoas nos deparamos com as carcaças, esqueletos de ferragens e vilas abandonadas, lugares sem vidas às margens das rodovias, que em décadas atrás eram locais de intensas relações humanas, comerciais e financeiras, foram vidas que migraram para outros locais devido à falta de dinamismo que possibilitasse a perduração do setor para outras gerações e com esse fechamento das usinas, engenhos antigos (hoje modernas usinas falidas e fechadas), as pessoas das senzalas e da mão de obra da cana (hoje nas periferias das cidades), perderam seus espaços de cidadãos, pois o indivíduo sem trabalho e moradia não tem dignidade para si e para os seus, são para a sociedade, fantasmas iguais às usinas fantasmas.

Continuando a analisar Alagoas, observo que poucos municípios de algum desenvolvimento, oque chamo nesse artigo de "ILHAS" e conto nos dedos as poucas cidades ilhas que são: Maceió, Arapiraca, São Miguel dos Campos, Pilar, Penedo, Maragogi, Marechal Deodoro, Coruripe, Piranhas e Delmiro Gouveia, esses municípios que citei tem algum desenvolvimento devido a ter em seus territórios indústria, petróleo, gás natural, fábricas, opção de lazer, uma boa rede de serviços que ofertam uma série de produtos, shoppings centers, polos de universidades e um comércio competitivo. Já os demais municípios de alagoas vivem das rendas do Programa Bolsa Família, da renda dos aposentados e pensionistas do INSS, dos poucos empregos ofertados por alguma fábrica e dos empregos da prefeitura e do estado, além da lavoura do comércio capenga. Em particular insiro nesse contexto que acabo de acima citar, a minha União dos palmares, que apesar de ter um grande potencial para o turismo histórico, pois é conhecida mundialmente, não tem grupos nem pessoas que se interessem, ou sejam competentes, tenham a vontade de explorar esse turismo e até a festa de Santa Maria Madalena (padroeira de nossa cidade) que era um grande evento regional, já há vários anos está chegando ao seu ocaso, vem perdendo os eu brilho. União dos Palmares que no passado tinha em seu território uma fábrica beneficiadora de algodão, uma fábrica de doce, uma fábrica de correntes, a usina Laginha e uma grande produção de bananas, nos dias atuais não tem nada disso, vive de repasses do Fundo de Participação dos Municípios-FPM, da renda dos aposentados, do bolsa família, dos empregos na prefeitura e no estado e da fábrica Quaker e do comércio que está se acabando por falta de giro financeiro e de riquezas que a nossa cidade não tem mais. Assim em 9 municípios de alagoas se tem algum desenvolvimento, algumas ilhas financeiras e os 93 restantes vivem a espera de um milagre econômico de gestores competentes, de alguém que ligue para o seu torrão, para a sua cidade, o que é meio difícil de acontecer, pois ao analisar Alagoas como ESTADO, como unidade federativa, vejo que aqueles que no governo de alagoas chegam  só desenvolvem financeiramente a Eles, Familiares e a Amigos e aos que chegam ser mandatários das prefeituras fazem o mesmo. Para agravar toda essa situação de estagnação econômica e social de Alagoas, ainda teve um governador que em 1987 isentou os usineiros (a maior parte financiou sua campanha) de pagarem o imposto sobre a cana produzida, o CHAMADO FAMIGERADO ACORDO DOS USINEIROS, que quebrou, faliu e fechou o antigo PRODUBAM, bando de fomentação do estado que financiava o comércio e a indústria do nosso estado, por consequência agravou-se a crise social de nossa gente afetando a já combalida economia de Alagoas. Assim Alagoas, o nosso povo, a nossa gente ordeira e honesta segue como aquele samba enredo da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira do carnaval de 1988 que diz: “LIVRE DO AÇOITE DA SENZALA E PRESO NA MISÉRIA DA FAVELA".

Alagoas é terra de desenvolvimento de alguns municípios, de algumas poderosas famílias que se revezam no poder desde que este território virou estado, sem contar na época das capitanias, são famílias que se locupletam com a coisa pública.