Por Joaquim Maria
Eu já falei dos sabores da minha infância, tratando mais do
tema de maneira doméstica, ou seja, falei da comida servida na minha casa. Mas
hoje gostaria de lembrar os nossos comerciantes que trabalharam e ainda
trabalham com a gastronomia na nossa cidade.
Quem em União não comeu o cachorro quente da Lanchonete São
Luiz do saudoso Luiz do Sorvete, ainda num quiosque feito de zinco, no mesmo
local, onde ainda hoje existe, sob o comando
do eficiente José Diniz, o nosso Zeca, também do sorvete. E o caldo de cana de caiana, higiênico e
perfeito, fazia par com a coxinha feita pelo japonês Antonio Mitonori, que
também servia o quitute no seu quiosque em frente ao atual Supermercado Globo e
que depois mudou para a casa da família na Rua Antonio Arecipo, onde eram
servidos além das coxinhas os famosos pastéis de carne e queijo. O
empreendimento era comandado pela própria família nipônica.
Por falar em caldo de cana “feito na hora”, não podemos
deixar de lembrar o Sr. Biu, que era vigilante do Colégio Santa Maria Madalena
e morava numa casa que a escola disponibilizava para ele, nas dependências do
próprio colégio. Acho que até hoje, ele
deve trabalhar na feira vendendo a dobradinha pastel e caldo de cana, “o melhor
do mundo!”, como ele sempre apregoa.
Na sexta a noite, sempre é a hora de comer um bom sarapatel
nas bancas de feiras ao lado do mercado de carne municipal, no centro da
cidade.
Outro ambiente é o do Biu do Caldinho, na mesma Antonio Arecipo,
frequentado por figuras ilustres da sociedade palmarina.
E a perua, Professor Nivaldo Marinho?, E a galinha caipira do restaurante do amigo
Zé Carlos Pimentel, que quando voltou de São Paulo, abriu a La Toque Blanch, na
Praça Padre Cícero, formando o famoso, todo palmarino sabe por que, Mário Garçom;
figurinha carimbada nos restaurantes da nossa terra.
E nos finais das festas e bailes, todos tinham que passar
pelo Restaurante da Estação Ferroviária, do Juca do Bar, como era conhecido o
proprietário; para deliciar-se com a famosa macarronada, com um molho especial
e farto; acompanhado de carnes bovina ou suína, além de fígado acebolado; feita
no capricho por D. carmelita, esposa e a
principal cozinheira do estabelecimento. O ambiente ficava lotado.
Mais recente o restaurante Aquarius, de Lucílio Vasconcelos e
Cida; onde a juventude ia tomar cervejas e consumir os quitutes saborosos da
casa. Sempre acompanhada de uma boa música.
Hoje os proprietários estão com o restaurante A Porteira, também um
grande sucesso.
E não poderia de deixar de falar do point da cidade: CHIMBRAS
BAR, do amigo de todos, Antonio de Freitas, o galego dos “zoi” azul, que a todo
o momento dá um novo visual a casa, tornando-a sempre num ambiente mais
aconchegante para os seus clientes, oferecendo sempre, uma boa música aos
frequentadores. Em minhaopinião, o melhor bar da nossa cidade.
Ainda temos a Esquina 90 Graus, da querida Sônia; o
Restaurante Afro Brasil, de Laércio Marques, o popular Pita; o bar da Nivalda,
o boteco do Fernando“Harry”, que fornece dobradinha e
buchada de bode, o bar do paciente Paulista, próxima a Praça Jorge de Lima,
onde podemos encontrar os amantes de cervejas e de dominós, onde a política
fervilha.
Quero pedir
desculpas aqueles que não consegui me lembrar, mas quero dizer com muito
carinho que apesar das exigências dos clientes e da necessidade de está
constantemente se adequando as regras que exigem uma melhor higiene e
atendimento, nós estamos bem servidos.
Neste
momento me despeço com saudades.