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sábado, 28 de setembro de 2013

A Gastronomia nos Botecos de União dos Palmares

Lembranças do Passado...
Por Joaquim Maria

Em cada cidade existem pessoas que fazem ou fizeram parte da história da mesma. Em minha cidade natal, União dos Palmares, no leste alagoano, não é diferente; pois as pessoas deixam as suas marcas no decorrer da vida e algumas ficam imortalizadas, pelos seus feitos ou pelo o que o destacou na sociedade.

Eu já falei dos sabores da minha infância, tratando mais do tema de maneira doméstica, ou seja, falei da comida servida na minha casa. Mas hoje gostaria de lembrar os nossos comerciantes que trabalharam e ainda trabalham com a gastronomia na nossa cidade.

Quem em União não comeu o cachorro quente da Lanchonete São Luiz do saudoso Luiz do Sorvete, ainda num quiosque feito de zinco, no mesmo local, onde ainda hoje existe, sob o comando do eficiente José Diniz, o nosso Zeca, também do sorvete.  E o caldo de cana de caiana, higiênico e perfeito, fazia par com a coxinha feita pelo japonês Antonio Mitonori, que também servia o quitute no seu quiosque em frente ao atual Supermercado Globo e que depois mudou para a casa da família na Rua Antonio Arecipo, onde eram servidos além das coxinhas os famosos pastéis de carne e queijo. O empreendimento era comandado pela própria família nipônica.

Por falar em caldo de cana “feito na hora”, não podemos deixar de lembrar o Sr. Biu, que era vigilante do Colégio Santa Maria Madalena e morava numa casa que a escola disponibilizava para ele, nas dependências do próprio colégio.  Acho que até hoje, ele deve trabalhar na feira vendendo a dobradinha pastel e caldo de cana, “o melhor do mundo!”, como ele sempre apregoa.

Na sexta a noite, sempre é a hora de comer um bom sarapatel nas bancas de feiras ao lado do mercado de carne municipal, no centro da cidade.
Outro ambiente é o do Biu do Caldinho, na mesma Antonio Arecipo, frequentado por figuras ilustres da sociedade palmarina.

E a perua, Professor Nivaldo Marinho?,  E a galinha caipira do restaurante do amigo Zé Carlos Pimentel, que quando voltou de São Paulo, abriu a La Toque Blanch, na Praça Padre Cícero, formando o famoso, todo palmarino sabe por que, Mário Garçom; figurinha carimbada nos restaurantes da nossa terra.

E nos finais das festas e bailes, todos tinham que passar pelo Restaurante da Estação Ferroviária, do Juca do Bar, como era conhecido o proprietário; para deliciar-se com a famosa macarronada, com um molho especial e farto; acompanhado de carnes bovina ou suína, além de fígado acebolado; feita no capricho por D. carmelita, esposa  e a principal cozinheira do estabelecimento. O ambiente ficava lotado.

Mais recente o restaurante Aquarius, de Lucílio Vasconcelos e Cida; onde a juventude ia tomar cervejas e consumir os quitutes saborosos da casa. Sempre acompanhada de uma boa música.  Hoje os proprietários estão com o restaurante A Porteira, também um grande sucesso.

E não poderia de deixar de falar do point da cidade: CHIMBRAS BAR, do amigo de todos, Antonio de Freitas, o galego dos “zoi” azul, que a todo o momento dá um novo visual a casa, tornando-a sempre num ambiente mais aconchegante para os seus clientes, oferecendo sempre, uma boa música aos frequentadores. Em minhaopinião, o melhor bar da nossa cidade.

Ainda temos a Esquina 90 Graus, da querida Sônia; o Restaurante Afro Brasil, de Laércio Marques, o popular Pita; o bar da Nivalda, o boteco do Fernando“Harry”, que fornece dobradinha e buchada de bode, o bar do paciente Paulista, próxima a Praça Jorge de Lima, onde podemos encontrar os amantes de cervejas e de dominós, onde a política fervilha.

Quero pedir desculpas aqueles que não consegui me lembrar, mas quero dizer com muito carinho que apesar das exigências dos clientes e da necessidade de está constantemente se adequando as regras que exigem uma melhor higiene e atendimento, nós estamos bem servidos.

Neste momento me despeço com saudades.


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