A Serra da Barriga,
localizada no município de União dos Palmares, Zona da Mata alagoana, pode se
tornar Patrimônio Cultural do Mercosul. Um dossiê, que está sendo produzido
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em
parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Universidade Federal
de Alagoas (Ufal), Fundação Cultural Palmares, Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), instituições públicas e
sociedade civil, será entregue em março para avaliação da Comissão de
Patrimônio Cultural do bloco econômico.
De acordo com o
Iphan, a candidatura se insere na proposta La Geografía del Cimarronaje:
Cumbes, Quilombos y Palenques del MERCOSUR, juntamente com Colômbia, Equador e
Venezuela, que também apresentaram sítios de interesse para a valoração da
contribuição africana no continente sul-americano.
Para Candice
Ballester, arquiteta e urbanista do Departamento de Articulação e Fomento da
Assessoria Internacional do Iphan, que está em Alagoas comandando as reuniões
para a produção do dossiê e diretrizes do plano de gestão do bem, a postulação
da Serra como Patrimônio Cultural do Mercosul “é um reconhecimento, uma ação
estratégica de valorização da identidade negra na América Latina”.
Entre os benefícios
estão a valorização, promoção e fomento do local, além da garantia do uso de
recurso do fundo do Mercosul para ações do bem. "A Serra da Barriga é um
símbolo da luta pela liberdade e resistência negra. A postulação a Patrimônio
Cultural do Mercosul representa um marco para Alagoas e eleva a autoestima da
nossa população, despertando o sentimento de pertencimento cultural",
destaca a secretária de Estado da Cultura de Alagoas, Mellina Freitas.
Serra da Barriga
A Serra da Barriga,
bem tombado pelo Iphan em 1985 e monumento nacional desde 1988, local sagrado e
de representatividade para o povo negro, foi onde milhares de homens rebelados
criaram o maior foco de resistência escrava do Brasil, o Quilombo dos Palmares.
Fonte: Agencia
Alagoas
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