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sábado, 20 de abril de 2024

Rio Cana Brava se transformou em esgoto no centro de União dos Palmares



O Riacho Canabrava, localizado no município de União dos Palmares, distante 80 quilômetros da capital, Maceió é um dos principais afluentes do Rio Mundaú na bacia hidrográfica da região e foi transformado num esgoto a céu aberto no meio da cidade. Com aproximadamente 18 quilômetros de extensão,

O Canabrava é um rio municipal, pois nasce e deságua dentro dos limites de União dos Palmares. O contraste do percurso limpo na área rural e a degradação na cidade se assemelham a de outros afluentes do Mundaú.

Surge a partir de três nascentes localizadas no Povoado Barro Vermelho na zona rural do município. As nascentes que estão em uma propriedade privada são preservadas com vegetação ciliar, tornado a água límpida e potável. No percurso pela zona rural observa-se que as margens do Canabrava não são preservadas com vegetação ciliar, o que torna o riacho em alguns pontos assoreado. Ainda no meio rural, as águas limpas do Canabrava são utilizadas na agricultura e pecuária.

A origem do nome Canabrava veio segundo pesquisas, de uma planta comum nas margens do riacho no passado. O vegetal que se assemelha a cana-de-açúcar de nome Canafístola, era chamado pelos ribeirinhos de Canabrava e assim o riacho foi batizado.

O passado generoso do Canabrava ainda deixa lembranças nas pessoas que usavam suas águas para executar as principais tarefas do lar. A aposentada Florzina Oliveira, 88, que em meados dos anos 60, residia na antiga Rua Canabrava, hoje Avenida Antônio Gomes, diz com riquezas de detalhes que utilizava as águas deste riacho que ficava próximo a sua casa, para lavar roupas e tomar banho. Volumoso e limpo, o Canabrava que tinha feições de rio, também servia para a pesca. Segundo Dona Florzina, o riacho tinha muito “cará”, peixe típico de água doce, muito degustado por sua pessoa. Ainda em sua fala, a aposentada lembra que debaixo de duas grandes ingazeiras, os palmarinos da época, usufruíam das águas do riacho que corriam sem a poluição que hoje o transformou num esgoto.

A “Morte” do Canabrava

No seu longo percurso entre paisagens, fazendas e lavouras na zona rural, o Canabrava corre limpo, porém ao entrar no Povoado Santa Fé, onde existem alguns pavilhões que abrigam famílias vítimas das enchentes de 1989, as águas do riacho começam a mudar de cor. Daí em diante, recebe o esgoto sem tratamento oriundo de milhares de residências e carrega toda essa sujeira de forma natural ao Rio Mundaú.

Segundo o Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE, cerca de setenta por cento do esgoto urbano cai in natura no Canabrava, só dezoito por cento do esgoto residencial segue para duas lagoas de tratamento que funcionam a cerca de quatro anos e estão localizadas próximas a Polícia Rodoviária Federal, na entrada da cidade. Além do esgoto, o Canabrava recebe no trecho urbano, lixo, animais em decomposição e até mesmo móveis inutilizados, causando inúmeros transtornos no período chuvoso, onde as águas do riacho invadem e contaminam as residências próximas ao seu leito. O risco de doenças como a esquistossomose, cólera e outras é eminente.

Revitalização do Riacho

A professora e especialista ambiental, Aparecida Lopes, a Cidinha, coordena o Centro de Informação Ambiental Sala Verde, que é um núcleo da secretaria de educação de União dos Palmares. Questionada sobre a situação riacho e qual o posicionamento da instituição frente ao problema, Aparecida disse que a Sala Verde trabalha a educação ambiental nas escolas. “Diagnosticamos os problemas e propomos as ações, a Sala Verde já realizou muitos projetos sobre o Canabrava nas escolas”. Frisou a coordenadora, mostrando os trabalhos realizados na educação ambiental do município.



O secretário de meio ambiente de União dos Palmares, Manoel Bernardo, o Maninho, disse que o município tem um projeto de revitalização do Riacho Canabrava. O projeto prevê a arborização das margens do riacho, porém só será implantado, segundo Maninho, quando o governo do estado através da Defesa Civil executar o Plano de Remanejamento das margens do Canabrava, onde as residências foram atingidas pelas enchentes de 2010. Com a execução deste Plano, as famílias que residem nas margens do riacho seriam retiradas do local. “Iremos fazer plantio de mudas nessas áreas, do mesmo jeito como fizemos nas margens do Rio Mundaú”. Frisou o secretário.

Questionado sobre a quantidade de dejetos que cai no riacho, o secretário falou que está sendo executado há cerca de seis meses, o Plano de Revitalização da Bacia do Mundaú. O projeto do governo federal e executado pelo estado está regularizando as redes de esgoto de seis bairros que margeiam o Canabrava. Após a regulamentação destas ligações, todo esse esgoto será direcionado as duas lagoas de tratamento, localizadas na entrada da cidade, segundo Maninho as lagoas comportariam esse esgoto, concluindo sem previsão de término, que o Projeto de Revitalização da Bacia do Mundaú, irá livrar o Canabrava do esgoto que o contamina./

 Fonte: O RELÂMPAGO - JPFarias/ 24/08/2011

sábado, 20 de janeiro de 2024

Programação Semanal da Capela de Fátima - União dos Palmares

 



  • Segunda feira, 19h: Terço dos homens
  • Terça feira, 19h: Terço das mulheres
  • Quarta feira, 19h: Terço e partilha da Palavra com a comunidade
  • Sexta feira, 19h: Crisma
  • Sábado 15h: Catequese e Crisma
  • Sábado 19h: CELEBRAÇÃO DA PALAVRA
  • Domingo 8h: Formação para o Batismo


sábado, 18 de novembro de 2023

A ESCRAVIDÃO NA TERRA DE ZUMBI



União dos Palmares, terra da liberdade! Terra do herói negro Zumbi dos Palmares. Terra que deveria ser sinônimo e exemplo de luta e resistência aos desmandos dos senhores feudais, que de forma proposital, ainda tentam se perpetuar no poder em pleno século XXI, ainda convive com a escravidão quase total do seu povo. 

O período de escravidão passou, mas parte da população não acordou para isso. Vivem atrelados a quem detém o poder político e econômico; geralmente são pessoas que não têm disposição para o trabalho, que entraram numa “zona de conforto”, sendo subservientes, aos políticos assistencialistas, fazendo uso do puxa-saquismo como meio de vida e, portanto continuam sendo escravos da manutenção do poder.

Fazem parte do jogo, os contratos de trabalhos para o fortalecimento da base política. Isto é de conhecimento público. São centenas de contratos cedidos a parentes e amigos. Quem está desempregado não vai recusar a oferta de emprego, é o mesmo que oferecer comida a quem está com fome. Assim toda família do contratado fica despojada de pudor e impregnada pelo sentimento de gratidão com o gestor e com quem o indicou. E para manter-se no cargo, necessariamente não poderá ir de encontro às posições política da gestão onde se encontra inserida.

Diferente de quem é aprovado em concurso público, pois tem sua independência política, não deve sua cabeça a ninguém, pode questionar e exigir melhorias. Assim, de forma indireta e inconsciente o povo tem sido escravizado politicamente e por que não dizer, em todos os sentidos. 

Quem acredita na liberdade, proposta por Zumbi e na emancipação do povo ao modelo de gestão atual é sumariamente definido como oposicionista e como tal é abominado pelo poder. 
 Uma coisa é certa, não temos mais Zumbi, mas temos seu exemplo de luta, coragem e determinação, como bandeira para exigir concurso público, educação de qualidade, transporte gratuito para os estudantes, saúde, lazer, emprego e renda.  
        
 Não se deixe escravisar!
Sem luta, não há conquistas, pense nisso!


Professor Nivaldo Marinho


Começou a temporada em busca de "apoios políticos" e de escravizados disposto a comprar e vender

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sábado, 4 de novembro de 2023

História da capela de Nossa Senhora de Fátima

 


A Igreja de Nossa Senhora de Fátima foi fundada no dia 12 de outubro de 1982, solenidade de Nossa Senhora Aparecida padroeira do Brasil, às 19 horas com a chegada da imagem de sua padroeira.

A Igreja teve como o primeiro idealizador, Monsenhor Clóvis Duarte de Barros, que no primeiro projeto iniciou a construção de um alicerce para a Igreja de Nossa Senhora, onde hoje se encontra a praça Pe. Cicero, todavia, a doença e posteriormente sua morte, não conseguiu concluir a obra, a qual foi esquecida por um tempo.

Em 1964 com a chegado dos padres canadenses a União dos Palmares e com o projeto de uma nova reforma na Matriz de Santa Maria Madalena, o então pároco, Padre Donald, sugeriu que a Matriz fosse erguida no alicerce destinado a construção da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, contudo a sugestão não foi aprovada pela comunidade, e mais uma vez a construção da capela de Fátima foi adiada.

Na década de 70 o então prefeito do município, Afrânio Vergetti, construiu a Praça Pe. Cícero e colocou uma enorme imagem do padre, onde podemos vê-la até hoje no lugar, deixando apenas um pequeno espaço atrás da imagem para construção da Igreja.

Apos a construção da praça,  o casal Antônio Manoel e Maria das Graças juntamente com outros lideranças  do bairro de Fátima  deram  início a construção da Capela de Nossa Senhora de Fátima,  só em 12 de outubro de 1982 a capela foi oficialmente inaugurada. A imagem de Nossa Senhora de Fátima foi trazida em procissão da Matriz de Santa Maria Madalena para a capela de Fátima, a qual veneramos até hoje com muita alegria e amor.

Atualmente a capela de Fátima acolhe o terço dos homens, e o terço das mulheres na segunda feira e terça feira respectivmente. Quarta e sábado acolhemos o terço da comunidade com a partilha da palavra, além da formação para o batismo, duas vezes no mês. 

Visite a Capela de Nossa Senhora de Fátima.

FONTE:

ü  blog da capela de Nossa Senhora de Fátima -  Wilquer Correia

ü  Membros da Comunidade de Fátima.


quarta-feira, 19 de julho de 2023

Prefeitura de União guariba Praça de Padre Cícero para receber Romeiros no dia 20 de julho.

 


Após anos de abandono e de destruição, prefeitura retira o lixo e pinta os meios fios visando à visita do fieis para a missa em memória de padre Cícero no dia 20 de julho. A praça está um nojo, de fazer vergonha o ano inteiro, mas 24 horas antes da missa, se passa uma vassoura, tira-se o excesso de mato e dar-se uma demão de cal no meio fio. Todo ano tem sido assim.

Amanha, dia 20, é dia de juntar os políticos, colocar o chapéu de palha e passear na praça, achando ainda que o povo seja besta, que não conhece as presepadas dessas lástimas descompromissadas com a comunidade.