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sábado, 8 de junho de 2013

Sem emprego e renda crimes podem aumentar em Alagoas

Por Candice Almeida



Andei pensando sobre a entrevista que o vice-governador deu recentemente ao Blog do Vilar (cada minuto) e me ocorreu que as reclamações dele são extremamente relevantes. Afinal, é indiscutível que a “menina dos olhos” do governo estadual tem sido a segurança pública, talvez por ser, atualmente, a maior porta de entrada de investimentos federais no estado.
Entretanto, assim como tantas outras apostas erradas do atual governo estadual, a segurança pública não tem correspondido aos investimentos, nem à atenção que recebe e muito menos à publicidade institucional que é alvo.

E o que mais me causa preocupação é que a segurança pública é o tipo de área que só possui solução quando assume a posição de engrenagem num órgão sistêmico, onde é necessário que as diversas outras áreas atuem com perfeita desenvoltura para que a segurança pública funcione a contento.
Ocorre que o que vemos, por mais que não seja novidade, pouco tem sido debatido.

As escolas estão sendo entregues depois de dois anos de reformas, mas já precisando de novos reparos – nunca vi isso, diga-se de passagem.
A saúde pública está capengando ainda mais e tudo por culpa da “votação dos royalties” o que atrasou o orçamento federal, atrasou o repasse da verba, atrasou o pagamento dos fornecedores de medicamentos e outros insumos, e leitos – que já são poucos – tiveram que ser fechados por impossibilidade de atendimento.

Alagoas consegue colecionar os piores índices sociais há décadas e não consegue comover as pessoas para que cobrem dos políticos e responsáveis sociais o devido cumprimento de seu papel.
Por um lado pregam – aqui no estado – a importância da livre iniciativa, do emprego e renda e não investem em capacitação e conquista de indústrias e empresas de grande porte.
Porto sem condições de grandes transações comerciais, estradas completamente esburacadas, ausência quase total de saneamento básico, serviços de iluminação e telefonia um verdadeiro fracasso. Se você fosse um grande empresário, industriário, investidor, viria para cá?

Pois é… Preocupa-me os trabalhadores rurais que só têm a lavoura de cana como fonte de emprego e renda – mínima, mas alguma. Com a mecanização das lavouras nem isso terão. Muitos já migraram para a construção civil e estão construindo rodovias federais – porque estadual não passa por obra, só por remendo – ou residências do programa “Minha Casa, Minha Vida”.
 E depois? O que será desses trabalhadores rurais? Virão para os centros urbanos atrás de emprego e o que encontrarão? Criminalidade! Bem, acho que o círculo que já nos encontramos fecha-se mais uma vez com uma nova fonte de alimentação, os desempregados exilados nas cidades maiores.

Precisamos acabar com essa cultura de nos vermos encurralados por problemas insolúveis para nos darmos conta de que eles existem. Não é necessário ser vidente para prever o futuro, apenas conhecer o passado, pois a história, a economia e a política são cíclicas.

Olhemos para o passado para entenderemos o presente, só assim construiremos o futuro que desejamos, em vez de aceitar o que nos impõem.


Parabéns Candice Almeida, seu texto retrata de fato a realidade da política de  Alagoas. Compartilho suas idéias.  
Professor Nivaldo Marinho. Com  

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