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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O VERDE DA ESPERANÇA OU DA NECESSIDADE DE AMADURECIMENTO POLÍTICO



Este texto foi escrito no segundo semestre de 2010, alguns meses  pós-enchente... O que mudou?


Após a morte do ex-prefeito José Pedrosa, Areski de Freitas,  assumiu a prefeitura de União dos Palmares. Tendo em vista o sentimento de gratidão e de penúria do povo, entrou na onda e  comoveu os eleitores com discursos que dizia  retratar a última vontade do falecido. Desta forma, Areski Damara de Omena Freitas Júnior se reelegeu sobre protesto da frágil oposição, prefeito de União dos Palmares.

O início de seu governo fou marcado por insegurança e fragilidade política e governamental,  criou-se uma grande expectativa  acerca de seu mandato, a oposição (Beto Bahia)  tentou a todo custo justificar sua derrota nas urnas através de denúncias de suposta fraude eleitoral mediante compra de votos, o prefeito foi acusado  de destribuir óculos, tendo como protagonista empresário Edvan, dono da ótica.

Desta forma, o prefeito eleito passou o primeiro ano de seu governo  no esquecimento procurando se defender agarrando-se com unhas e dentes na “porteira da jurema” com intuito de  manter-se no cargo. Passado esse episódio, as desculpas do insucesso de sua administração foram atribuídas à crise econômica, ao aperto do presidente Lula, à permanência do município no CAUC, à lei de responsabilidade fiscal, e por último à enchente. Resumindo a conversa, dois anos se passaram e a esperança do “verde” se transformou em omissão e desilusão.

Os problemas  a cada dia aumentam como uma bola de neve: A cidade continua suja, os buracos se transformam em crateras, a casa da sopa continua fechada, na feira de gado nunca vendeu um animalzinho, a iluminação pública é precária, a Praça Padre Cícero quanto mais mexe mais fica feia, os alunos ficaram sem merenda, a mesma foi motivo de CPI da charque, os universitários continuam  pagando transporte escolar para estudar em Maceió, a feira continua desordenada, o trânsito cada dia mais caótico, todo dia morre gente na BR 104, o desemprego aumentou, as  empresas não chegam, o IML, corpo de bombeiros, banho de asfalto foram esquecidos, O hospital não tem médico, o HGU continua fechado, o pacto por União foi uma farsa, os deputados aqui eleitos, sumiram, as rádios foram fechadas  pela justiça  eleitoral, turismo não existe... meu Deus, que União é essa? Cadê a nossa "terra da liberdade"? Não podemos viver eternamente em inércia.
  
 “O prefeito Kil me confidenciou que logo após as eleições renovará 90% dos secretários e comissionados, pois tem passado por muitas dificuldades devido à falta de competência de alguns subordinados”. (Fabian Holanda em sessão ordinária  31/08/10)

Janeiro de 2011, começa o ano novo e junto com ele vem a esperança de que o segundo semestre do governo verde possa alavancar e termos dias melhores. 
Até o momento quase nada mudou, os secretários e comissionados são mesmos, aquele governo jovem que inspirava confiança para os palmarinos, ainda não mostrou para que veio. O momento da enchente passou, passou também a crise econômica, saímos do CAUC, só ficou os  questionamentos: O que é que está faltando? Por que o governo não avança? Será que os projetos estão engavetados para serem executados  no ultimo ano de governo? 

Aí veio desastre e a salvação... pos-enchente

O governo que chegou a obter 67% de reprovação, foi salvo pelo programa de reconstrução das casas, com  dinheiro em caixa, adquiriu novas máquinas e equipamentos e conseguiu maquiar a cidade, ou seja, a enchente salvou sua  administração, colocando o prefeito em evidência.

A verdade é que União dos Palmares não pode permanecer estático, dependente de recursos emergenciais, não perdemos perder o status de cidade pólo, não podemos retroceder nem sermos vistos  nem tratados como curral eleitoral de políticos profissionais. Chega desse modelo arcaico monopolizador, está na hora de darmos um basta neste modelo imposto onde o poder público e econômico se concentra na mão de meia dúzia e o povo é tratado como escravos políticos, refém do assitencialismo e da falta de políticas públicas sociais capaz de proporcionar a emancipação das famílias palmarinas. 
       
Portanto, é chegada a hora de nossa emancipação, precisamos acreditar no crescimento e desenvolvimento de União dos Palmares, terra de Zumbi, terra da liberdade, joguemos fora todos os políticas profissionais que só se lembram  da população antes da eleição,  devemos  dizer não aos políticos  fichas sujas que são atrelados aos currais e às mazelas do atraso  tendo em vista  permanecer no poder a todo custo.
     
 Gestores, ainda há tempo de desempenharem um papel digno e honesto sem ser necessária a imposição da justiça. Basta quererem! Levantem a cabeça e trabalhem! Honrem os votos obitidos, e aqueles que ainda acreditam nos senhores(as)

 Eleitores, tenham dignidade, não vendam seu voto!

Prof. Nivaldo Marinho   "Opinião e notícia sem maquiagem"
 

sábado, 15 de setembro de 2012

COODENAÇÃO DO DEBATE ACUSA COLLOR DE IMPEDIR A PRESENÇA DE DOUGLAS LOPES EM DEBATE



Segundo Carlos da Umes, Douglas ligou quase chorando dizendo que foi impedido de comparecer ao debate
Foto: Dallas Diego
O debate entre  candidatos a prefeito de União dos Palmares organizado pela UMES,  que estava marcado para ontem à noite na 7ª Coordenadoria  Regional de Ensino, não foi realizado, devido a falta do mediador do debate, o radialista Douglas Lopes. 
Durante toda a semana se criou uma expectativa muito grande acerca do evento. A coligação por uma nova união do candidato Beto Baia, acusou a UMES pelo vazamento das perguntas do debate, segundo Edemir, coordenador da campanha de Beto, tinha em mão uma lista de perguntas e respostas que seriam usadas no debate. Os dirigentes da UMES negaram as acusações, mas não conseguiram apurar os fatos, ficou o dito pelo não dito.
Em um clima muito tenso, os candidatos compareceram ao local do debate, sob gritos das torcidas apaixonadas, em seguida a coordenação informou que não haveria debate devido à ausência do mediador.
O coordenador do debate, Carlos da UMES, afirmou em uma coletiva que o radialista Douglas Lopes ligou para ele quase chorando falando que foi impedido de  participar do debate, Carlos acusou o senador Fernando Collor de ser o responsável pela ausência do mediador, “iremos denunciar o fato ao ministério público”, disse. Quando questionado pela denúncia de vazamento das perguntas, negou o fato, mas não conseguiu apurar nada.
A UMES informou que realizará um novo debate no dia 02 de outubro, porém nesse dia está marcado um  debate na Rádio Zumbi.
Portanto, cabe agora a Douglas Lopes que até então era o protagonista do debate, esclarecer a população se tem fundamento a fala da coordenação do debate, dessa forma fica todo mundo convidado para assistir ao debate entre os candidatos no dia 02 de outubro, dessa vez no pátio da Rádio Zumbi.



QUAL O PIOR, OU MELHOR, VOTO?


Professora Marcia Suzana


Em ano eleitoral afloram-se as identidades pessoais frente a ebulição político-partidária. Esse período de mobilização pessoal ou coletiva nos revela facetas surpreendentes daqueles com os quais convivemos.
Gosto de observar o comportamento humano nesse período, e percebo que convivemos durante anos com colegas, amigos, alunos, professores e até vizinhos e não os conhecemos o suficiente até que chegue o ano eleitoral, e principalmente, as eleições municipais quando as ações afetam as relações, afinal, a luta pelo voto para prefeito e vereador influencia diretamente o nosso comportamento.
As relações e mobilizações, muitas já esperadas, são sempre surpreendentes. Temos como exemplo o período eleitoral desse ano, onde inimigos partidários se revelam amigos políticos, acredito que essas pessoas vivem intensamente a “Filosofia Seixiana”, “prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”, principalmente, se a opinião for tão somente e unicamente em benefício próprio.
Mas fico profundamente estarrecida é com a mobilização da considerada intelectualidade da sociedade, ao manifestarem opiniões e ações atreladas a manipulações, discursos falsamente progressistas na busca de apoios políticos.
O que de fato revela nossa mobilização partidária, especialmente, de nós educadores?
Sabemos que o voto é uma expressão de cidadania e reflexo de um “Estado Democrático”, ou mascara a falácia da pseudodemocracia, pois a cidadania implica em busca da igualdade social, e decorre de práticas coletivas e solidárias onde os indivíduos críticos assumem a política da coletividade e da inclusão.
Hoje comumente nos depararmos com algumas pessoas, inclusive professores, entendendo-os como intelectuais críticos e conscientes, apoiando determinados grupos políticos com histórico elitista, e mais ainda, declarando o voto em benefício próprio. Esse sim é o pior tipo de voto ao revelar a ação em função de privilégios individuais, a busca pelo benefício próprio; mas e a coletividade? Nós sabemos a resposta.
O pior voto não é aquele dado por amizade, ou pela falta de opção, ou motivado por terceiros, ou ainda por ignorância, não! O pior voto é aquele que, conscientemente é motivado por privilégios em benefício próprio totalmente pautado pelo individualismo, na certeza de que esses sujeitos serão lembrados pelos políticos quando estiverem no exercício do poder.
Diante dessa conjuntura político-partidária de nosso município ratifico mais uma vez que não vendo e não dou meu voto por privilégios, afinal, eu voto pelo plano de trabalho, pelo histórico político e partidário dos candidatos, eu voto em quem em algum momento da vida demonstrou sensibilidade com a causa do povo já tão sofrido, quem se preocupa e respeita o ser humano.
Respeito e tenho compromisso com a coletividade e o exercício da cidadania. Eu voto na inclusão social e na dignidade.
Por isso, me preocupo com a ação de nós professores nesse momento político, porque nós ensinamos o que somos e junto vai o que sabemos. Afinal, o que você tem ensinado a população palmarina?


Por  Márcia Susana