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sexta-feira, 25 de abril de 2014

FUTEBOL NA RUA NOVA

Lembranças do Passado

Por Joaquim Maria





Um dos grandes acontecimentos do domingo a tarde nas cidades do interior era o futebol. Praticado na maioria das vezes por amadores, era um evento esportivo que tinha uma excepcional cobertura, dos meios de comunicação da época e do boca a boca, nas pequenas cidades.

Já assisti vários jogos e cheguei até a jogar no pequeno campo da Rua Nova, denominado Estádio Mário Gomes de Barros. Estádio este de péssimo gramado ou quase sem grama; onde desfilaram alguns dos maiores craques do futebol alagoano. Buracos por toda parte, faziam com que o domínio da bola fosse quase impossível. A torcida ao lado do campo, em pé, (alguns traziam cadeiras de casa); ficava espremida entre uma corda, que também ficava quase em cima da marcação lateral do campo e do muro. Quando qualquer jogador chutava a bola para lateral, era preciso fazer malabarismo para se livrar das boladas. Sem contar que por várias vezes o muro desabou sobre os torcedores, sempre ferindo alguns.

Mas todo domingo era especial no campo da Rua Nova, hoje desativado, deu lugar a um condomínio, privando a nossa cidade de revelar uma quantidade maior de atleta.

Fantástico era ver os clássicos entre os vários clubes locais. O Bangú e o Zumbi. Quem da nossa época não se lembra do Náutico, do Guarani da Rua do Cangote... E quantos jogadores passaram pelo estádio Mário Gomes de Barros, como: Maniquinha, Lobinho, Zé Galego, Biuzinho, Abraão, Beto da Várzea Grande, Ohara, os irmãos Praxedes, os Cabeleiras; quanta gente boa de bola.


Mesmo com todas as dificuldades em comprar os materiais esportivos e que também eram de péssima qualidade, os artistas da bola conseguiam fidelizar os torcedores que não perdiam um só domingo, para ver uma partida de futebol, no campo esburacado e sem grama da nossa querida Rua Nova.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Serra da Barriga vai ganhar exposições e apresentações artísticas em homenagem a Gana

Prefeitura de União dos Palmares acredita que presença da seleção em Alagoas será “divisor de águas” para turismo étnico


Jacineide Maia (à dir.) discute com a Setur a logística para a Serra de Barriga

A Serra da Barriga, em União dos Palmares, vai viver momentos de euforia e muita movimentação durante a presença da seleção de Gana em Alagoas. Escolhido pelo Governo do Estado para homenagear a presença da equipe africana no Estado, durante a preparação da equipe para a Copa do Mundo do Brasil, o Parque Memorial Quilombo dos Palmares vai receber uma série de eventos voltados para turistas, jornalistas e alagoanos que ainda não conhecem a bela trajetória de Zumbi e do Quilombo dos Palmares.

“Precisamos aproveitar esse momento para fazer com que o palmarino e o alagoano se apropriem dessa história tão fascinante de Zumbi e da luta dos negros contra a escravidão”, diz Jacineide Maia, secretária de Turismo de União dos Palmares. “A vinda de Gana será um divisor de águas para o turismo étnico aqui em Alagoas”. O Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, teve um papel fundamental na luta pela igualdade dos negros no Brasil, e chegou a receber mais de 20 mil refugiados entre os anos de 1597 e 1695.

A proposta que está sendo discutida entre a prefeitura de União dos Palmares e a Secretaria de Estado do Turismo (Setur) prevê a degustação de comidas típicas, a exposição de artesanato e a exibição de danças folclóricas no parque, sempre com a temática quilombola.

A ideia é que as agências de turismo e as empresas de receptivo incluam a Serra da Barriga nos roteiros oferecidos aos turistas. Para isso, já está sendo organizada uma visita dos guias de turismo ao parque, para que eles conheçam melhor o lugar. “Vamos organizar também uma visita dos jornalistas alagoanos à serra, para que eles possam mostrar pra todo o Estado como a região é bonita e quantas histórias ela tem pra contar”, afirma Danielle Novis, secretária de Estado do Turismo.

“Estamos discutindo agora a logística para que o projeto seja executado”.A proposta da Setur de aproveitar a vinda de Gana para incrementar o turismo étnico em Alagoas foi acatada de imediato pelo governador Teotônio Vilela Filho (PSDB). A equipe deve chegar a Maceió na segunda quinzena de maio, e fica na capital alagoana por cerca de 20 dias. Alagoas é um dos três estados escolhidos como CT que não vão sediar jogos da Copa - os outros são Sergipe e Espírito Santo.

Gana é considerada hoje a melhor seleção africana, e conta com nomes de prestígio no futebol mundial como os meias Boateng, do Shalke 04 (Alemanha), e Muntari, do Milan (Itália) A seleção ganesa está no grupo G, com Alemanha, Portugal e Estados Unidos.

Fonte: Jornal Extra

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A indústria sem chaminé da Terra da Liberdade



União dos Palmares tem um potencial econômico de grandeza infinita, no entanto encontra-se adormecido, podemos constatar isso a cada 20 de novembro. O governo não tem avançado nesse sentido, e a comunidade reclama, mas pouco tem feito para mudar esse cenário.

A cidade tem um patrimônio histórico invejável, todavia os olhares só são voltados para a serra da barriga, que está localizada em União, entretanto pertence ao mundo, pois todos querem um pedaço, cada grão de areia daquele lugar vale uma fortuna para o mundo da cultura. O projeto proposto por Zumbi é maior do que União dos Palmares, e bem maior do que Alagoas e o país, pois já se propagou para o mundo.

Nós temos um evento histórico centenário, a festa de Santa Maria Madalena que não tem tido um projeto de empreendedor, infelizmente os maus costumes em nome da tradição tem  transformado a essência cultural em projetos pessoais.

Os gestores das diferentes esferas nacionais não têm tido a sensibilidade da importância desses patrimônios para a sociedade, para muitos, Zumbi ainda é lembrado como referência de escravidão, esquecem o verdadeiro sentido de Liberdade.

E grande parte da sociedade continua escravo da ignorância, distante do exemplo proposto por o grande herói nacional Zumbi dos Palmares “LIBERDADE”.

  

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Genival Oliveira Gonçalves – “GOG” se apresentará hoje em União dos Palmares.

Emanoel Cabral - “Neo do Reggae” representará União dos Palmares no palco principal.


Genival Oliveira Gonçalves, mais conhecido como GOG, é um cantor de rap brasileiro, nasceu na cidade satélite de Sobradinho no Distrito Federal no ano de 1965, 15 dias depois da chegada dos seus pais à Brasília. É o segundo de uma família de quatro irmãos.

Foi um dos pioneiros do movimento rap em Brasília. Desde o início da carreira, ganhou a alcunha de Poeta. Seu mais recente trabalho é o DVD Cartão Postal Bomba!, lançado em fevereiro de 2009. Seu primeiro disco de carreira foi gravado no ano de 1992.

Fonte: nacao-hiphop

sábado, 3 de agosto de 2013

MACUMBA NA RUA DA CACHOEIRA

Por Joaquim Maria

Foto da internet

Rua Frei João ou simplesmente Rua da Cachoeira, de qual a cachoeira tiraram o nome do logradouro, não tenho o conhecimento; mas há tempos era conhecida pelos terreiros de candomblé, onde os repiques dos atabaques eram ouvidos, principalmente nas noites sextas-feiras.

E era nesse clima de som afro que a nossa turma, em algumas noites, ia tomar “retetéu”, uma mistura de vinho, aguardente, canela e mel, nos terreiros de macumba daquela rua. Na verdade nós não tínhamos nenhum praticante da religião, a nossa ida ao terreiro era uma espécie de diversão e/ou uma confraternização entre pessoas.
Nós gostávamos do clima, podemos dizer assim, um tanto emblemático para o nosso conhecimento à época e dos sons que eram executados nas timbras.  Necessariamente sempre um de nós assumia o controle de algum instrumento percussivo, o que nos envaidecia muito, o fato de saber tocar e conhecer alguns ritmos que fazem parte do batuque do candomblé, enquanto os participantes dançavam numa coreografia contorcionistas, soltando alguns gritos incompreensíveis, gingando os seus corpos freneticamente. 

Chegávamos a perceber que a nossa presença já era esperada pelos os participantes efetivos do rito, parecia que com a nossa chegada o clima esquentava, pois além do inusitado “retetéu”, havia sempre um grande consumo de cervejas e comidas.

Mas a nossa presença na casa era quase sempre por pouco tempo, pois ainda precisávamos terminar o nosso tour “sextiano” pelas espaças festa que acontecia na nossa cidade; ou até mesmo em mais uma rodada de cervejas, nas boates ou no bar com o maior número de frequentadores daquela noite, de preferencia o que estavam mais cheio de garotas.

A Rua da Cachoeira é bastante conhecida em nossa cidade onde ainda hoje, residem famílias tradicionais, que mesmo com o preconceito, principalmente naquela época, nunca deixaram de morar lá e respeitar a religiosidade das outras pessoas.
Hoje, quando nos encontramos, lembramo-nos das noites de sons, gingas e muita alegria na macumba da cachoeira.

SARAVÁ!

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Poeta Palmarino visita União dos Palmares e apresenta suas obras no programa mesa Z

Nesse sábado, 27, o médico escritor Paulino Vergetti Neto conversou com os ouvintes do Programa Mesa Z na Rádio Zumbi FM.



Paulino Vergetti Neto


Dr. Paulino é natural de União dos Palmares, aos 12 anos deixou a cidade para estudar, se formando em medicina. Além de médico, Paulino é um enamorado da literatura. Desde criança escreve poemas e romances. Atualmente tem 38 livros publicados, seu último, lançado este mês “Meu analista é um anjo” é uma espécie de autobiografia.

Sábado, 27, esteve presente no Programa Mesa Z, onde falou de sua trajetória de vida, desde a infância até a vida adulta. Citou detalhes de suas obras e como foram produzidas.

Quando questionado acerca desenvolvimento da cultura local, lametou: “União não avançou no tocante a cultura herdada de Zumbi, do grande Quilombo dos Palmares, a Serra da Barriga”, disse.

Durante o programa conversou com o ouvinte, presenteou-os com livros, avaliou a visita do Papa, a realização da copa e as manifestações dos jovens no Brasil.

Ao avaliar o cenário político local, disse que Afrânio Vergetti foi de encontro aos coronéis, e que as pessoas honestas e éticas da família Vergetti não estão na política e nem mora em União. “Não vejo nenhuma liderança política nem no passado, nem no presente para ser gestor de União dos Palmares”, disse.

Foram pouco mais de duas horas com muita informação e cultura.

Anthony, Paulino e Nivaldo Marinho

Nesse sábado, 03, o programa Mesa Z conversará com o prefeito Beto Baia. Participe!


sábado, 6 de julho de 2013

União dos Palmares já teve “Cine Imperatriz”

Lembranças do passado

Por Joaquim Maria



Que pena. Hoje não existe mais cinema na nossa cidade! Lugar de diversão e dos primeiros namoricos dos adolescentes da nossa pequena cidade. O Cine Imperatriz apresentava na única sessão diária o que tinha de mais atual em matéria cinematográfica da época.

Vavá que de dia entregava jornal era responsável pela projeção dos filmes.  Além disso, ele fazia os anúncios tanto dos filmes, como também dos jogos de futebol que eram realizados aos domingos, no Estádio Mário Gomes, na Rua Nova.  A placa com o anúncio do jogo, que era feita de uma armação de madeira e uma grossa camada de jornal colada nesta mesma armação e; com uma base de tinta branca sobre a camada de jornal, onde ele, com letras coloridas, faziam o enunciado do desafio futebolístico. Esta placa ficava na Avenida Monsenhor Clóvis, em frente ao Bar do seu Zequinha, hoje Bar do Boiadeiro; amarrado no poste do canteiro central da praça.

Mas no cinema foi onde eu assisti aos primeiros filmes de bang bang, karatê e até sem puder, consegui entrar e assistir diversos filmes para maiores, inclusive Dona Flor e Seus Dois Maridos, Com Sônia Braga; foi quando Sr. Armando Assunção, dono do cinema e porteiro deu uma bobeira; eu aproveitei esse momento de descuido e consegui entrar e me misturar aos adultos, para não ser colocado pra fora do recinto.

Sentei-me numa fila e não percebi que na fila de trás estavam minhas três professoras do Colégio Santa Maria Madalena. Eu ainda estava me escondendo de “Seo” Armando, quando ouvi alguns risos e cochichos bem próximos aos meus ouvidos. Fiquei mais retesado ainda, mais tudo mudou quando as luzes se apagaram e começou a passar o trailer das próximas exibições e por fim o tão desejado filme. Ainda passaram-se alguns dias para que eu pudesse encarrar as minhas professoras no colégio.

Quem quisesse arrumar uma namorada, o melhor lugar era no cinema e se a garota fosse “quente”, levávamos direto para a “galeria”, ambiente de poucos lugares que ficava no piso de cima do velho cinema.

Hoje sinto falta da telona na nossa cidade. O prédio do Cine Imperatriz deu lugar a um supermercado e se você quiser ir ao cinema, tem que se deslocar até a capital.
ÔÔÔÔÔ ÔÔÔÔ ÔÔÔÔÔÔ... Era o grito do Tarzan...


sábado, 15 de junho de 2013

Alto do Cruzeiro

Memórias do Passado...




Qual cidade nas décadas de 70 e 80 não tinha uma porção de cabarés bastante movimentados? Aqui em União não era diferente. A Rua do Alto do Cruzeiro era o point dos prostíbulos e por onde desfilavam as mais belas prostitutas do interior alagoano. Na verdade só perdia para o Mossoró, em Maceió.  Mas mesmo assim, as moças que trabalhavam na distinta casa da capital alagoana, vez por outras, desembarcavam em terras palmarinas, para o delírio da “macharada” interiorana, sejam solteiros e principalmente os casados; que deixavam suas submissas esposas em casa e passavam a frequentar assiduamente as casas da Rua do Alto do Cruzeiro; reduto da alegria dos frequentadores e até de crimes passionais.

Neste cenário, a nossa turma também frequentava o baixo meretrício em busca de diversão. Não necessariamente de sexo, mas de bebidas e de músicas dançantes e preferencialmente, românticas; estilo dor de cotovelo; onde embalados por estas melodias, alguns ou quase todos, viviam a temática musical, bebericando e confessado as suas mágoas às meninas do Alto. Até futebol nós íamos assistir nos cabarés em companhias das nossas amigas. Chegávamos com antecedências e já começávamos a dançar e tomar algumas cervejas, com o som na maior das alturas, na verdade existia uma competição para ver quem tinha o melhor som das casas noturnas (e diurnas), pois o movimento só diminuía no período da manhã.  Assim que o jogo começava, o som era desligado e era a vez das garotas ficarem ao nosso lado assistindo ao jogo.  Depois da partida terminada o som voltava a animar o ambiente. A nossa ida a famosa rua, sempre se dava no período da tarde, na matinê, como nós mesmos chamávamos.

Lembro-me que a Rua do Alto ainda era de terra batida e que até os esgotos, naquela época, ainda escorriam a céu aberto. Hoje já rua está calçada e já não existem as casas noturnas, mas ainda encontramos pessoas remanescentes da época de glória da Rua do Alto do Cruzeiro, reduto de malando e mulheres da vida e, do ódio e dos ciúmes das mulheres casadas da nossa cidade.

Por  Joaquim Maria

sexta-feira, 1 de março de 2013

A deformação feita na casa do querido Jorge de Lima

Por Suely Correia


Em nove de fevereiro de 2011 escrevi este texto com o intuito de recuperar o que destruíram em União dos Palmares.  Não tenho partido político e não tenho preferência de A ou B como administrador público. Almejo apenas que a cidade de meus ancestrais seja recuperada e respeitada pelo mundo, e ainda, que não seja esquecida como muitas em nosso país.

 Na época, tanto secretário de cultura, como também o prefeito, pediram desculpas à população pela deformação feita a casa do querido Jorge de Lima, confirmando que antes de concluíssem seus mandatos, a revitalização e a recuperação de toda a fachada do prédio histórico seriam feitas. Vale ressaltar, que o patrimônio é um dos poucos que ainda sobrevive na cidade dos Quilombos.

Hoje são 28 de fevereiro de 2013, e nada foi feito por lá. Fui este ano para a Festa de Santa Maria Madalena e mais uma vez me entristeci. A casa que sempre foi admirada por todo país continua sendo um simples depósito de informações, sem atrativo, as pessoas responsáveis se manifestam e a população prefere ignorar tal fato.   Será que não existe alguém ou um grupo que se manifeste na cidade para salvar o patrimônio público da humanidade? É preciso urgente de socorro patrimonial, histórico e político na área da cultura palmarina. Será que a nova gestão terá um olhar crítico, conhecedor da sabedoria cultural, educacional e turístico, que envolva a cidade de União dos Palmares? Esperamos que sim.    

 Breve biografia:
Jorge Mateus de Lima nasceu em União dos Palmares (AL), no ano de 1895. Fez estudos secundários e iniciou o curso de Medicina em Salvador, concluindo-o no Rio de Janeiro. Retornando ao estado natal, onde fez carreira em medicina e na política. Além de poeta, foi pintor, fotógrafo e ensaísta. Jorge morreu no Rio de Janeiro, no ano de 1953.

Fotos de Arquivo





domingo, 17 de fevereiro de 2013

Tetê Espíndola - Escrito nas Estrelas

Domingo é dia de ouvir uma boa música... Você pra mim foi o sol De uma noite sem fim Que acendeu o que sou E renasceu tudo em mim Agora eu sei muito bem Que eu nasci só pra ser Sua parceira, seu bem E só morrer de prazer Caso do acaso Bem marcado em cartas de tarô Meu amor, esse amor De cartas claras sobre a mesa É assim Signo do destino Que surpresa ele nos preparou Meu amor, nosso amor Estava escrito nas estrelas Tava, sim Você me deu atenção E tomou conta de mim Por isso minha intenção É prosseguir sempre assim Pois sem você, meu tesão Não sei o que eu vou ser Agora preste atenção Quero casar com você.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Gonzaga – De Pai pra Filho


Um emocionante filme genuinamente brasileiro
por Francisco Taunay

Após o sucesso de 2 Filhos de Francisco, o diretor Breno Silveira decidiu não mais fazer biografias. Essa decisão, tomada em meio a chusma de propostas biográficas que surgiram depois do filme, foi alterada quando o diretor teve contato com as 15 horas de gravação em K-7 onde Gonzaguinha entrevista seu pai, Luis Gonzaga.

É justamente sob essa perspectiva, do conflito entre pai e filho, que o filme é construído. Nessa entrevista, reproduzida no filme, o filho já maduro parece entusiasmado com a possibilidade de conhecer o pai, que sempre foi distante, apesar de ter provido financeiramente o garoto ao longo da vida. “Quando sua mãe morreu, minha vida virou do avesso”. Com essas palavras, Gonzagão busca justificar a sua distância, e o fato de haver deixado o filho para ser criado por um casal amigo, enquanto fazia suas turnês pelo Brasil.
O filme possui um ar de superprodução, e realmente funciona ao aliar a fotografia estilo retrô, uma direção de arte cuidadosa, com as músicas fabulosas destes dois gênios genuinamente brasileiros. A alternância entre diálogos emocionantes e a exibição de paisagens, que fazem com que o filme respire, é determinante para tornar fluida a narrativa, catalisada ainda por cenas de arquivo, de diferentes texturas, que contribuem para tirar o aspecto asséptico encontrado nas produções desse tipo, que visam chegar ao grande público.

Um outro fator notável do filme é a sua capacidade de produzir climas: existem grupos de cenas, potencializadas pela música, que transportam cuidadosamente os sentidos do espectador ao longo destas duas trajetórias, do pai e do filho. A verossimilhança da interpretação — com destaque para o não-ator Chambinho do Acordeon, escolhido entre cerca de 5 mil pessoas para interpretar Luis Gonzaga, além de Júlio Andrade, que cria uma espécie de reencarnação de Gonzaguinha —, é essencial para o sucesso do filme. Apesar de uma série de cenas que primam pela emoção, em nenhum momento temos a sensação de que o filme fica piegas, ou extrapola o limite da naturalidade.


A possibilidade de conhecer melhor as músicas de Luis Gonzaga e Gonzaguinha, um artista também excepcional, além de suas vidas absolutamente interessantes, é um presente do filme. Ele nos mostra o universo do sertão nordestino, a cidade de Exu, em Pernambuco, além do Morro do São Carlos, e o Rio de Janeiro antigo, tudo muito bem reconstituído, e feito com absoluto cuidado.

A visão de um universo mais popular, algo que poderia mostrar uma série de preconceitos, é feita de uma forma honesta, que só enaltece o universo do Rei do Baião. A gênese dos personagens, que muitas vezes cai na ingenuidade emocional-popularesca em filmes que buscam o apelo popular, também é feita aqui de forma cuidadosa, no sentido de compor bons diálogos e uma sólida narrativa.

Há o destaque para a parte do filme, que reproduz a história de Gonzagão, quando ele ensina um frentista e um anão, pessoas que nunca tiveram contato com instrumentos, a tocar em um dia para realizarem um show acompanhando o cantor. Seria um mito? Aqui, a fronteira entre o imaginário e o real se perde nessa história mítica de um nordestino que lutou para conquistar o Brasil com o seu talento, e de um filho que luta a todo instante para ganhar a amizade de seu pai. Fora o raro prazer de assistir a um grande filme sem precisar ler as legendas!

Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br/opiniao/gonzaga-de-pai-pra-filho-de-breno-silveira

terça-feira, 20 de novembro de 2012

GUSTAVO GOMES E PETRUCIO BAETTO - SERRA DA BARRIGA

Quando for
Fazer cantiga
Lá na Serra da Barriga
Me diga que eu quero ir

No vôo do colibri
A estrela de antares
Iluminará Palmares
Não deixará de existir
Não deixará de existir

E assim a gente abriga
A voz numa cantiga
Lá na terra de Zumbi
Lá na terra de Zumbi

Participaram da gravação:
Vocais: Gustavo Gomes e Rosa Prédes;
Coral: Miquéias Guilherme;
Violão: Gustavo Gomes;

Gustavo Gomes estará presente hoje na Serra da Barriga
VISITE A SERRA DA BARRIGA

sábado, 17 de novembro de 2012

DESILUSÃO POLÍTICA TIRA ARTISTA DAS RUAS DE UNIÃO DOS PALMARES


Fotos: Antonio Aragão

Mestre Ivo, conhecido como Michael Jackson Palmarino é uma pessoa descontraída que anima a todos os palmarinos com suas fantasias que já faz parte da cultura palmarina.

Sempre animado, se faz presente em todos os eventos da cidade, como cover de Michael Jackson, Raul Seixas, Marinheiro, Gaucho, Roberto Carlos, Papai Noel, Árabe, Zorro, entre outros, mestre Ivo se tornou popular em União e região.

Devido a sua popularidade, o mesmo foi convencido a sair candidato a vereador por União dos Palmares pelo PTB. Sua campanha ganhou as ruas através de seus personagens, tendo como figura principal Michael Jackson.

Passada as eleições, o resultado das urnas não o deixou decepcionado. Segundo ele o povo não soube valorizar a cultura, o assistencialismo falou mais alto em União, desabafou.

Esse Natal poderemos não ter o Papai Noel palmarino um dos  personagens mais querido pela garotada, nessa época o mesmo buscava o apoio do comércio palamrino e visitava os bairros carentes do município, onde destribuia brindes para toda a criançada.

Bola pra frente mestre Ivo, na vida tudo passa, você é muito especial para a comunidade palmarina, esperamos ver você em breve nas ruas animando a todos. Não deixe coisas pequenas tirar o seu brilho.




VOLTE LOGO MICHAEL, ESPERAMOS POR VOCÊ!

Professor Nivaldo Marinho.Com

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A AUSÊNCIA DO GOVERNO EM UNIÃO DOS PALMARES

Mercado de Artesanato de União dos Palmares
No mês de novembro União dos Palmares recebe um grande número de turistas com destino a Serra da Barriga. Esta “indústria sem chaminé” passou despercebida pelos governos que aqui passaram, com Areski de Freitas não foi diferente. O governo Téo Vilela já nem lembra mais o número de promessas que fez para beneficiar o nosso município. Nem a influência do ex-governador Mano, que se denomina como a referência política do município e ainda é amigo particular do governador,  foi capaz de canalizar as ações deste governo para nossa cidade. O resultado desse abandono se deu nas urnas com a derrota dos tucanos.
Está faltando amor na administração de Areski de Freitas, o maior exemplo está no centro da cidade, alem de lixo, buraco e obstáculos nas calçadas, o mercado de artesanato é o retrato do abandono e da ausência do governo. Faz vergonha levar um turista para conhecer o local.

Cansados de esperar pelo governo,  os artesãos resolveram criar uma associação visando organizar aquele espaço fortalecer a categoria, pois perderam a esperança no governo Kil de Freitas, que deixará a prefeitura com a imagem de quem pouca fez visando o desenvolvimento cultural de nossa cidade.
Não precisa viajar muito para perceber que municípios menores que União, que não tem um terço de nosso patrimônio histórico aproveita melhor o mercado turístico e cultural, nós precisamos de pessoas técnicas, mas que tenha amor pelo o que faz. União é carente de pessoas com visão macro, que pense no futuro e no desenvolvimento de todos. 
Um exemplo que deu certo...
 

terça-feira, 24 de julho de 2012

PRECISAMOS DE PROJETOS QUE DESENVOLVA A CULTURA PALMARINA



Lulu Santos no 22ª Festival de Inverno Garahuns
Quem esteve em Garanhuns-PE na 22ª edição do festival de inverno, curtiu uma boa música e contemplou uma grande festa recheada de teatro, artesanato, em fim, muita cultura. O festival encerrou nesse sábado com a apresentação de Lulu Santos e Jorge Bem Jor.

 Murici tem avançado nesse sentido com o festival da Natureza, Ibateguara tenta emplacar o Ibafrio e em União dos Palmares nós temos a festa da padroeira, porém está muito distante de se tornar um evento grande, devido à falta de estrutura e a falta de definição quanto à organização do evento, a prefeitura tem bancado as bandas, mas o comando geral fica por conta da paróquia. As mesas da festa que todo ano é motivo de polêmica,  tomam 90% do espaço que deveria ser livre para a população.
Esse ano a paróquia está sob o comando de Padre Marconi Nunes, até o momento não se sabe como ele vai planejar a festa de Santa Maria Madalena.

Entretanto, espera-se que o próximo prefeito seja mais ousado e apresente projetos voltados ao desenvolvimento cultural de nossa cidade, de modo que Zumbi, Serra da Barriga, Jorge de Lima seja de fato motivo de orgulho  para todos os palmarinos, pois a grande maioria não reconhece nem valoriza a  nossa cultura.