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quinta-feira, 30 de julho de 2015

Não tem dinheiro que pague nem lembrança que apague um lugar especial

Vende-se, Olavo Bilac



Certa vez, um grande amigo do poeta Olavo Bilac queria muito vender uma propriedade, de fato, um sítio que lhe dava muito trabalho e despesa. Reclamava que era um homem sem sorte, pois as suas propriedades davam-lhe muitas dores de cabeça e não valia a pena conservá-las. Pediu então ao amigo poeta para redigir o anúncio de venda do seu sítio, pois acreditava que, se ele descrevesse a sua propriedade com palavras bonitas, seria muito fácil vendê-la.

      E assim Olavo Bilac, que conhecia muito bem o sítio do amigo, redigiu o seguinte texto:

 "Vende-se encantadora propriedade onde cantam os pássaros, ao amanhecer, no extenso arvoredo. É cortada por cristalinas e refrescantes águas de um ribeiro. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda."

   Meses depois, o poeta encontrou o seu amigo e perguntou-lhe se tinha vendido à propriedade.

      "Nem pensei mais nisso", respondeu ele. "Quando li o anúncio que você escreveu, percebi a maravilha que eu possuía." 



VERDADE!
Não tem dinheiro que pague nem lembrança que apague um lugar especial, pertinho da natureza.

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