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domingo, 21 de setembro de 2014

Enquanto isso em Alagoas..

Por Jailton Alves



Na política alagoana o eleitor está “que nem pitomba na boca de véio”, escorregando pra todos os lados; sem saber verdadeiramente em quem votar. Estamos na situação de que “se correr o bicho pega e se ficar o bicho come”. É tanto candidato ruim que dificulta a escolha. Tem ficha suja, ficha muito suja, ficha super suja; e poucos candidatos com a ficha mais ou menos limpa. Está difícil de encontrar um candidato com um histórico bem avaliado pelo eleitor ou pelos tribunais de justiça.
No guia eleitoral, todos sem exceção, falam sobre o trinômio: EDUCAÇÃO, SAÚDE E SEGURANÇA.  E fazem isto como se estes problemas fosse coisa recente e como se eles, os “salvadores da pátria”, não tivessem culpa dos problemas que deixam o nosso estado entre os piores da federação.

Na época de campanha parece que os políticos alagoanos assistem propositalmente ao filme do nosso estado no sistema 3D, pois sabem a risca, todos os problemas e mazelas que afligem a população. Fazem promessa e tem a cura para todas as doenças, mas quando eleitos traçam suas ações em câmara lenta e em doses homeopáticas, para que a população continue dependendo de suas fracas intervenções em seu favor. Tem político de mandato que na época de campanha; se exime de ser o culpado de fazer “vista grossa” em processos que beneficiem o estado e fazem da “trinca de ouro” (educação, saúde e segurança) o slogan ideal de promessas eleitoreiras. E quem não tem mandato põe a culpa no eleitor por ter votado errado e “lhe dá” uma chance de corrigir a merda que ele fez na eleição passada. Pobre diabo é o eleitor!

Em Alagoas, a política é determinada pela sucessão hierárquica e falam em renovação quandoo Líder do Clã já está envelhecido e é preciso deixar o “legado” aos seus descendentes e para que a ilustre família não perca a mordomia e os benefícios que o poder lhes outorga. É preciso colocar o sobrenome da família em qualquer cargo eletivo para não perder o laço com o poder e o traquejoà cabresto, com o povo necessitado de todo tipo de assistência.

O regime sucessório implantado na “República das Alagoas” é maléfico e impressionantemente desumano. O povo alagoano é subserviente e conformado com a situação e dependente dessas famílias que detém o poder, verdadeiros sugadores do dinheiro do público e da esperança do nosso povo. O regime feudal instituído pelos “Senhores de Engenho” do século XIX é duramente exercitado pelos seus sucessores e obedientemente acatado pelo povo.

Os Collor, os Vilelas, os Calheiros, os Lira, os Hollanda, os Gaias, os Ferros, os Almeida, os Albuquerque, os Toledo; são alguns sobrenomes de “peso” que mapeiam o nosso sofrido estado, dividindo o pequeno território  e que detém o poder, o prestígio e o dinheiro.

Meu Deus, coitados dos Silva!



Um comentário:

  1. Gostei do texto... Parabéns...
    Vamos continuar como dantes no quartel de Abrantes...

    Vamos continuar com as mesma Oligarquia de sempre...

    Alagoas vai continuar como capitania hereditária , como sempre foi.

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