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sábado, 10 de agosto de 2013

A Feira de União dos Palmares

Lembranças do Passado...
Por Joaquim Maria. 
Foto: JMarceloFotos

Desorganizada e totalmente ilógica é a feira de rua da nossa cidade. A Rua Correia de Oliveira, conhecida como rua da batata hoje não tem mais tubérculo sendo vendido, aos montes, próximo aos seus meios fios, quase em cima da calçada. Era rua que continha além das batatas, macaxeiras e inhames; comida tipicamente nordestina. Hoje quase não existe feira neste logradouro.

A feira da banana ainda continua no mesmo lugar, mas juntou-se a ela, outros produtos de época, como manga, jaca, umbu, jabuticaba, pimenta malagueta, feijão de corda... As cordas, feitas de agave, também tinha o seu lugar garantido na feira; ficavam estendidas na rua atrás do palco da Praça Basiliano Sarmento, em frente às Casas Daher.

Artistas de rua também faziam parte da feira. Violeiros, duplas de emboladores, vaqueiro aboiador, jogos de enganação, malandros e batedores de carteiras. Todos ali misturados...

No mercado as mais variadas carnes eram vendidas ainda como hoje. No segundo compartimento, divido apenas por um portão, quando nos aproximávamos poderíamos sentir o cheiro quente da farinha de mandioca. Da própria mandioca era extraída a goma para fazer tapioca, beijus e que misturado ao coco, fazia um par perfeito com um café moído no pilão. Ainda podíamos encontrar o pé de moleque, outra iguaria muito apreciada pelos frequentadores da feira   . Ao lado do mercado, nas bancas ou mesmo pequenos estabelecimento nunca faltou o famoso sarapatel, servido com farinha e pimenta era consumido desde a sexta-feira à noite, fazendo a alegria dos bebedores de aguardente e cervejas, como uma verdadeira tradição. Também era comprado para ser consumido em casa.

Tecidos e roupas feitas é na Avenida Monsenhor Clóvis  hoje com a junção das bancas de sapatos, forma um shopping Center a céu aberto, pois tem mercadoria para todo gosto. Calças, camisas, peças íntimas, redes, cobertores, lençóis, de boa qualidade que não ficam devendo nada as lojas estabelecidas ou até as marcas de grife. 

Na feira sempre encontrávamos com todo tipo de gente, os vendedores, os garotos pegadores de carrego, a dona de casa, o profissionais liberais, autoridades e tantos outros anônimos faziam a grandeza da feira da nossa cidade.

Hoje a feira está desorganizada, as ruas não são separadas por produtos e os consumidores acham dificuldades em encontrar encontra-los. É primordial e necessário se faz, organizar a nossa feira, para que a população volte a ter onde achar os seus mantimento com rapidez, agilizando o tempo de permanência na feira.

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