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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Renan Calheiros manda recado para os donos de mídia


POLÍTICA

Corre na internet uma petição para que Renan Calheiros (PMDB-AL) renuncie à presidência do Senado. Mais de 1 milhão e 360 mil internautas (o correspondente a 1% do eleitorado brasileiro) já teriam assinado a petição. Nenhuma conseqüência legal decorre desse abaixo assinado. O valor desse movimento é político.

E política foi importantíssima mensagem enviada por Renan Calheiros às vésperas do carnaval. Renan embutiu sua mensagem, quase sem ser notada, em meio a um artigo publicado na coluna Tendências/ Debates à página 3 da Folha de S.Paulo.

Renan escreveu:

- Passo relevante é a defesa do nosso modelo democrático, a fim de impedir a ameaça à liberdade de expressão, como vem ocorrendo em alguns países. O chamado inverno andino não ultrapassará nossas fronteiras.

O presidente do Senado e do Congresso pregou ainda:

- Temos que nos inspirar, sim, nas brisas de uma primavera democrática e criar uma barreira contra os calafrios provocados pelo inverno andino.

Por fim, Renan prometeu "criar uma trincheira sólida, se preciso legal, a fim de barrar a passagem desses ares gélidos e soturnos. Em governos democráticos, não deve haver nenhuma pretensão de se imiscuir no conteúdo dos jornais, nem na atividade dos jornalistas".

O que Renan quis dizer com sua metáfora andina?

Em seu artigo/recado Renan enviou foi uma proposta, digamos assim, para os donos da indústria de Mídia do Brasil. Em resumo, o que ele disse sem dizê-lo foi: Não mexam comigo que eu não deixarei que mexam com vocês.



Os Fatos. Certamente há no Brasil quem sonhe com censurar a imprensa. Como há quem queira, como se faz no mundo civilizado, ter leis que, na prática, impeçam monopólios na indústria da comunicação. Isso é capitalismo. É zelar pela livre concorrência, regular o mercado. Como se faz com pasta de dente, cerveja, sabão em pó…


Fato é, também, que o acuado Renan Calheiros escreveu e viu publicada a sua "mensagem" andina. Que, embutida, carrega e propõe uma troca. Ou, ao menos, uma trégua. E, na prática, o não tocar, ou não mexer em nada.

O Brasil precisa e merece debater esse tema, o das dimensões da sua Indústria da Comunicação. Com transparência e sem falseamentos. Com espírito democrático. Sem ameaças de quem quer que seja.

Fonte: http://www.extralagoas.com.br/



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